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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

05 Dez, 2013

Mandela e o sonho


Sonho com o dia em que todos levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos.


Nelson Mandela


Nelson Mandela teve uma vida longa. Uma vida tão grande como o seu carácter e à altura da sua luta. Nasceu num país ocupado e sujeito à maior das desigualdades: a descriminação racial. Teve um sonho e concretizou-o. Criou-o na sua juventude e com persistência paciente alimentou-o contra muitas adversidades. Foi perseguido  e preso. Sacrificou a sua liberdade por uma causa justa. Soube esperar pacientemente e venceu. O apartheid essa chaga indigna da qualidade humana foi abolido de forma pacífica. Soube, na altura certa, perdoar os seus carrascos e dar as mãos para unir uma nação multirracial. Uma tarefa apenas ao alcance dos grandes homens. Uma missão de um estadista que nunca se apegou ao poder. Que o seu exemplo de vida ao serviço do seu povo sirva de exemplo para aqueles que se sintam vocacionados para servir o bem comum. Que o seu exemplo sirva para reabilitar a política, tão desvalorizada por interesses e vaidades pessoais.


MG

03 Dez, 2013

Une merde

A educação é a chave do desenvolvimento. Investir no ensino é sempre uma mais valia. Mau grado alguns erros de precurso o ensino português estava a evoluir no sentido positivo. Ia até à chegada do ministro Crato. Não sei que conhecimentos tem sobre educação. Até agora não lhe conheço qualquer ideia inovadora. Debita e aplica aos repelões uma medidas avulsas salazarentas e fora de prazo. Para além de estar a destruir a escola pública num desvario economicista, a política de Crato não tem ponta por onde se lhe pegue e não é passivel de qualquer análise séria. Só me ocorre uma palavra para a definir e numa língua estrangeira para não escandalizar: une merde.

 

MG

03 Dez, 2013

Governo cumpridor

Portugal vive agora de acordo com as suas possibilidades, disse Oliver Rehn comissário europeu. Explicitando esta afirmação e traduzindo-a para português vulgar eis o que quis dizer: destruição de empregos e um milhão de desempregados; redução de salários e pensões; fim da classe média, em suma empobrecimento. Não digam que este governo falhou e que não atingiu os seus objectivos.

 

MG

  

Não sou grego nem alemão. Sou português e cidadão do mundo. Portugal não é uma nação milenar como a Grécia nem tem a dimensão territorial e económica da Alemanha, mas é uma nação secular e universal, com história e com cultura. No fundo com alma.

Ao contrário, os nossos governantes, não têm alma nem cultura. Dizem que Portugal não é a Grécia e mostram pelos seus actos, que gostariam de ser alemães, mesmo que fossem de segunda. Todo o seu comportamento aponta para uma subserviência canina (sem ofensa para os cães) em relação à nação germânica. Um obscuro secretário de estado, um rapazola vindo dos blogues de direita chamado Maçães em declarações prestadas na Grécia  bajula Merkel e a Alemanha. Na Grécia deram-lhe o título de alemão depois de considerar que estes têm que nos põr na ordem. Estou convencido que não se importaria em transformar este país numa colónia germanófila.

Portugal pode não ser a Grécia, mas muito menos será a Alemanha. Pela sua personalidade histórica, pela sua especificidade cultural, pela sua matriz psicológica. O posicionamente dos governantes do pais, no contexto europeu, é uma aberração. Esta colocação do interesse estrangeiro acima do interesse nacional nao se via desde 1580. Esta gente nao tem mandato para vender o pais a pataco. Esta gentinha jurou cumprir a Constituição. Se não o faz e põe em causa a independência nacional tem de ser demitida. Como em 1640.

 

MG

A manhã do dia um de Dezembro de 1640 estava fria e um pouco enevoada . Parecia ser mais um dia como tantos outros na vida do país ocupado. Na palácio do governo, a representante de sua alteza real Filipe IV , a duquesa de Mântua, preparavam-se para iniciar mais um dia de governação. Mas iria ser um dia diferente, o primeiro do renascimento da independência nacional. 

  Às oito horas, começaram a colocar-se, discretamente, junto do Paço os conjurados, como tinha ficado acordado. Era um grupo pequeno de cerca de quarenta nobres. Quando o relógio da Sé marcou nove horas, saíram dos coches,  desmontaram dos cavalos, dirigiram-se com determinação para o Paço, dominaram os desprevenidos guardas, entraram no gabinete do espantado secretário da duquesa, Miguel de Vasconcelos. Um tiro certeiro demitiu-o de imediato, enquanto a duquesa,  atordoada pela surpresa entrava na sala para ser imediatamente detida. Ao mesmo tempo que atiravam  o corpo exangue do secretário para a rua, D. Miguel de Almeida de espada nua nas mãos gritava, com a voz algo embargada pela emoção, para o povo que se começara a juntar:

 

-Liberdade portugueses! Viva el-rei, D. João o Quarto.

 

Nesse longínquo dia 1 de Dezembro Portugal voltaria a ser um país soberano. No entanto, a consolidação da independência custaria ainda muito suor e sangue. Só passados vinte e oito anos de luta armada e diplomática foi celebrado o acordo de paz com Castela.

 

Em 1910 os republicanos que tinham derrubado a monarquia decretaram, ironicamente, o dia 1.º de Dezembro feriado nacional. Hoje, um século depois perdeu essa condição por patriotas de pin na lapela e apenas para cumprir determinações de potências estrangeiras, que com a total conivência dos governante actuais cativaram a nossa soberania. A restauração da independência foi apenas um episódio entre muitos outros da manutenção da independência. E quem pensa que é dado adquirido está enganado. Haverá sempre quem esteja disposto a aliená-la por dez reis de mel coado. Daí que a manutenção de uma nação soberana seja uma luta constante. Daí que os símboços que marcam essa luta como o 1.º de Dezembro ou outras sejam importantes para manter a unidade nacional. Por isso nessa ou noutra data voltará a ser feriado. Quando esta gente sem brio, sem dignidade, sem firmeza e sem competência se for embora. Já faltou mais.

 

MG

 

 

 

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