Economia paralela
A economia paralela representa 26,4 do PIB. Movimenta cerca de 40 mil milhões de euros. A percentagem referida no estudo da Universidade do Porto corresponde, quase, a um terço do produto. Um terço da riqueza que não paga um cêntimo ao fisco. E o que é a economia paralela? De uma forma simplista associa-se a pequenos empregadores, biscateiros, venda ambulante. Mas pasme-se! Não são estes a maioria desse sector da economia. E curiosamente são até os mais controlados. Os que movimentam mais dinheiro e o sonegam ao erário público são os grandes empresários. Conseguem através de esquemas obscuros esconder as suas mais valias. Recorrem a empresas fictícias, usam paraísos fiscais, em suma recorrem a todas as aldrabices "legais" para enganar o Estado. E hipocrisia das hipocrisias ainda fazem piedosos discursos de patriotismo.
A sonegação de recursos públicos produzidos com o trabalho dos portugueses escapa às análises dos profetas da austeridade. Para os "medinas carreiras" deste país os únicos responsáveis pelo défice da despesa pública são os mesmos de sempre: funcionários públicos, pensionistas e desempregados. É nos rendimentos desses privilegiados que é preciso cortar. Do alto da sua sapiência não há outra alternativa. Há como fica provado com o peso da economia paralela. Há rendas excessivas e esbanjamento de recursos. Para os apóstolos da austeridade, os pobres que paguem a crise. Os cidadãos portugueses mereciam mais respeito.
MG