Golpe de estado
Quem dirige o governo e o país não é Passos, mas Gaspar. Há muito que ouço comentadores afirmá-lo. Na minha fraca percepção, também sempre me pareceu. Mas quem o afirmou recentemente foi a voz serena e abalizada de António Saraiva, o patrão dos patrões indústria. Para além da credibilidade que merece, António Saraiva, está por dentro dos meandros do poder. A sua palavra é credível.
A ser assim, o Primeiro Ministro efectivo de Portugal é Vítor Gaspar. Se assim é, o outro, é apenas o nominal, o que significa que não passa de um testa de ferro. Sendo assim, estamos perante uma fraude democrática. Como se sabe, os eleitores que votaram PSD, fizeram-no no pressuposto que estavam a eleger Passos para chefe da governação. Durante esse processo, ninguém ouviu falar de nenhum Gaspar, que nem sequer era candidato a deputado. Em conclusão, temos um usurpador a dirigir o país o que linguagem corrente prefigura crime de golpe de estado.
Contudo, esta situação tem ainda contornos mais graves. Já deu para perceber que, o Gaspar, é um pau mandado nas mãos da troika, ou seja, de quem manda nela, a Alemanha. Nesta perspectiva, não só não temos um Primeiro Ministro eleito, como somos governados por uma entidade externa. Desde o período liberal, com o governo do inglês Beresford, que a nação não passa por uma situação idêntica. Precisamos de um novo "felizmente há luar". Onde está um novo Gomes Freire de Andrade?
MG