Sem papas na língua
"Por que é que nós consentimos que tantos seres humanos continuem a ser vítimas da miséria social, da violência doméstica, da escravatura laboral, do abandono familiar, do legalismo da morte, da corrupção judicial, das mortes inocentes na estrada, das mentiras dos astrólogos, do desemprego, de uma classe política incompetente e do monopólio dos bancos?"
Os políticos, por seu turno, refugiam-se em questões sem sentido do verdadeiro bem comum e o sistema bancário, depois de ter imposto a tirania de consumos desnecessários para atingir metas lucrativas, hoje condiciona o crédito justo às jovens famílias portuguesas, com taxas abusivas que dificultam o acesso a uma qualidade de vida com dignidade"
Quem proferiu estas palavras? José Sócrates, que tem atribuido a crise à ganância dos mercados? A oposição governamental? Não! Estas sábias palavras foram proferidas por D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga na cerimónia do lava-pés. Mais palavras para quê?