O senhor ministro da economia tem queda para a ficção. Ainda a procissão da sua investidura ia no adro e já estava a inventar a gesta do pastel de nata como desígnio nacional. A partir daí  continuou a surpreender-nos com com os mais criativos guiões. Infelizmente, por distracção de produtores, estes têm caído em saco roto. Mas a sua última pérola imaginativa não pode, nem merece, cair no no vazio. De facto, como genial continuador de Jonh le Carré (que se cuide) o senhor ministro deu o mote para uma história de espionagem.

A sua personagem é Franquelim Alves.( fantástico nome para espião) A acção passa-se no tempo mítico do cavaquismo, num lugar chamado Cavaquistão. O espião que veio do nada, entrou nessa organização de malfeitores engravatados, chamada SLN, contratado pela mesma,  com o objectivo de denunciar sujas práticas ilícitas. E contra ventos, marés e moinhos clandestinos (ofshores em inglês) pôs tudo a limpo. Mas a sua acção parece não ter dado em nada, uma vez que a associação do mal continuou ,a sugar os dinheiros da nação. Pior, os seus membros não foram desmacarados e até foram presenteados com opíparos cargos públicos e privados. O povo que ainda aguenta, está cada vez mais pobre, enquanto os ditos cavalheiros da vigarice levam vida de nababos. Quanto ao espião, não viu os seus serviços devidamente recompensados. Mas agora, mais vale tarde que nunca, foi reabilitado com um justo lugar na governação. E como de um espião não se espera outra coisa senão espiar, de certeza que tem uma nova missão, que pode ser descobrir a incompetência do ministro que o contratou. Não há dúvida, a história repete-se. Aqui está a sinopse. O resto é convosco produtores da grande ficção. Mãos à obra.