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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

17 Dez, 2012

Estado de idiotice

As normas que regem as sociedades democráticas não são arbitrárias. E mesmo os estados totalitários respeitam as suas leis escritas. É essa a essência de um Estado de Direito, seja qual for o seu regime político. Quando os governantes de um país interpretam as leis existentes a seu bel-prazer entramos na deturpação do Estado de Direito. 

Em Portugal as pensões dos cidadãos estão definidas por normas. Nesse sentido estas estabelecem os descontos que os trabalhadores têm que fazer, assim como a remuneração que irão receber quando terminarem a sua actividade. Não foram estes que as fizeram mas respeitam-nas. Pode acontecer que por razões de ajustamento circunstancial sejam alteradas. Mas enquanto não o forem têm de ser respeitadas. Têm mas não são. Neste país que se classifica como democrático, este proncípio básico foi violado pela gente que governa. Mais do que acima de lei está fora da lei.

O primeiro-ministro Passos Coelho disse que é legal baixar as reformas dos cidadãos porque recebem mais do que descontaram. Não sei em que estudos se baseia, mas não conheço nenhum. O que significa que a sua afirmação não tem suporte científico. É mais uma das suas "invencionices". Para mais dita com aquele de ar superioridade prepotente e roçando o poder deum deus castigador. Ou como se diria em linguagem popular com toda a cara de pau.

Estou em concluir que este sujeito tendo no BI a nacionalidade portuguesa não gosta dos portugueses. Pior, tem inveja de tudo o que os portugueses conquistaram nestas dezenas de anos de democracia. Quando conseguir colocá-los ao nível da situação em vivem povos em países subdesenvolvidos cumpriu a sua tarefa sem olhar a meios. Vale tudo. E ainda por cima o faz de uma forma boçal e claramente imbecil. Considerar que os reformados com pensões de mil euros são privilegiados para além se ser uma deturpação da realidade é uma imbecilidade. Este indivíduo vive fora do Estado de Direito. Se este país quer continuar a ser um Estado de Direito êm de o demitir. Por incumprimento das leis e por insanidade.

 

MG

 

Esta noite tive um sonho. Um sonho prometedor. Sonhei que era ministro. Coisa que nunca fui, não serei e duvido que queira ser. Mas os sonhos não dependem da nossa vontade e tive que aceitar. Só que não era ministro eu mesmo. Estranho? Real como nos sonhos. O ministro que eu mesmo não era, era um ministro mesmo ministro e que era eu. Confuso? Como os próprios sonhos. Ao menos podia ter sido um ministro interessante como o Manuel Pinho, aquele que pôs os palitos ao deputado do PCP. E mereceu-os pelas garotices que para ali estava a papaguear. Grande ministro. Mas não, não foi este que me calhou na rifa. Foi nem mais, nem menos  o espécime que dá pelo nome de Gaspar. E mesmo sendo num sonho não há nisto qualquer similitude. Primeiro, porque não sendo um George Cloney, não me considero feio. Segundo, porque não tendo sido prendado com o dom da palavra, não sou um 33 rotações riscado. Terceiro, porque apesar de ter comida, incomoda-me que alguns não a tenham. A única coisa em que temos algumas parecenças é na estatura portátil. Coisa que me chateia particularmente depois de conhecer o tipo.

Como descalçar esta bota foi o que me ocorreu em plena acção ministerial sonhadora. O mais simples era matar o Gaspar que havia em mim. Mas a tarefa não parecia fácil, pois corria o risco de ir junto com o gajo. Não me agradou a ideia até porque gosto de admirar caras lindas e não sei se lá do outro lado as há com tanta qualidade.Já o ministro que era eu, não lhe devia fazer grande diferença, pois para ele as caras larocas são apenas números Excel. O tempo passava na inversa da minha angústia. Que mal terei feito para ter um sonho assim, pensei sonhando. Foi aí que me bateu a solução ideal. Sendo um sonho, talvez pudesse, com uma varinha mágica,  transformar o Gaspar ministro numa abóbora, ficando eu ministro Gaspar de fora. Contudo, não deixava de ser arriscado pois a abóbora podia ser chamada a desempenhar o papel de carruagem na história da Gata Borralheira e sendo  a peça quem é ainda fazia de uma história feliz numa história de horror. Que é  o que acontece onde o Gaspar mete a mão. A Gata não merece, já sofre qb nas mãos da madrasta, (uma versão Gaspar de saias)  recorrentemente. Mas confiando que a fada madrinha não é tonta e que topa o sujeito, talvez o atirasse para dentro de um caldeirão de comida. Começava a ficar satisfeito com a solução e já me via ministro, eu mesmo, nem que fosse por um dia. O que chegava para repor os subsídios confiscados, repartir os impostos de forma justa, e dar um pontapé nos tomates do Relvas para não sair mais descendência daquela estirpe. Chegava mas não chegou, porque mesmo no momento em que isso ia acontecer, acordei. Voltei ao mundo em que até sonhar paga imposto. Não sou ministro, mas o Gaspar não me tira a liberdade de pensar. Não há Gaspar que corte a raiz ao pensamento E isso é uma divina consolação.

 

MG

13 Dez, 2012

Ainda viro cowboy

celebscentral.net

Ai que ainda vou regressar às minhas origens rurais e virar cowboy. Isto por causa da modelito (com toda a ternura) Sara Sampaio ter afirmado que "anda à procura de um cowboy". Com aquele corpinho quem não gostaria de ter esse perfil no seu currículo. Confesso que não tenho. Mas, por outro lado, sinto que não posso perder esta oportunidade. Está decidido. Vou contar as minhas economias para ver se chegam para comprar um rancho, pois o crédito já foi chão que deu uvas. Se houver verba para um ranchito, mesmo modesto, não hesito nem um segundo. Depois espero que a Assunção Cristas me dê um subsidiozito para comprar, algumas cabras e sobretudo umas vacas que é o que dá estatuto de cowboy. A seguir vou a uma feira de velharias comprar uns artefactos adequados a saber: jeans, polainas, cinturão, chapéu, e uma pistola nem que seja de pólvora seca, que a que tenho já está um pouco enferrujada. Mas se a massa não chegar para dar corpo ao projecto, não desisto. Tenho em mente outra alternativa: inscrevo-me no farmville do facebook e viro na mesma cowboy embora de faz de conta. Quando está em causa tal aquisição todos os meios são lícitos.

Quando tiver reunido as condições pretendidas apresento a minha candidatura. Ponho um anúncio na página das fofocas do Correio da Manhã  em letras bem visíveis: SARA, CHEGOU O  COWBOY QUE PROCURA E QUE SE QUER. FEIO, DURO, GENEROSO E SEMPRE DISPONÍVEL PARA CAVALGAR TODA A SELA. PROMETE AMÁ-LA TANTO COMO OS SEUS ANIMAIS, ESPECIALMENTE AS SUAS VACAS. Se a bela Sara aceitar, pode-se dar por feliz e acreditar que nasceu com o bum bum virado para a lua. Contudo, não me dou totalmente de barato e faço algumas exigências: como verdadeira mulher de cowboy tem de se aderir aos princípios do métier, começando por tapar adequadamente aquele corpinho para não interferir com a tranquilidade do gado, nem com a paz de espírito necessária a um bom cowboy; ao fim do dia tem de estar disponível para proporcionar um bom descanso ao seu guerreiro pelo que receberá sempre a dobrar. 

Por fim ,a minha esperança é que não apareçam muitos candidatos. Também, tendo em conta, que os cowboys são, regra geral, os bons da fita não vejo assim tantos por aí. Vejo mais bandidos tipo irmãos Dalton, sempre prontos a assaltar tudo o que mexe, com excepção dos bancos. Se por qualquer estranho desígnio não conseguir ser o cowboy da bela modelo, contento-me com o prémio de consolação: trago colada ao meu peito a sua foto. Essa ninguém me a tira. Ah pois não!  

 

Cowboy em construção 

10 Dez, 2012

Nação do mundo

Não sou grego nem ateniense, sou um cidadão do mundo

 

Sócrates UWASocrates gobeirne.jpg

 

Não sou grego nem alemão. Sou português e cidadão do mundo. Portugal não é uma nação milenar como a Grécia nem tem a dimensão territorial e económica da Alemanha, mas é uma nação secular e universal, com história e com cultura. No fundo com alma.

Ao contrário, os nossos governantes, não têm alma nem cultura. Dizem que Portugal não é a Grécia e mostram pelos seus actos, que gostariam de ser alemães, mesmo que fossem de segunda. Todo o seu comportamento aponta para uma subserviência canina (sem ofensa para os cães) em relação à nação germânica. O ministro Gaspar, no seu discurso de baixa rotatividade, bajula Merkel e o seu ministro das finanças. Tudo o que lhe mandam fazer faz. Estou convencido que não se importariam em transformar este país numa colónia germanófila.

Portugal pode não ser a Grécia, mas muito menos será a Alemanha. Pela sua personalidade histórica, pela sua especificidade cultural, pela sua matriz psicológica. O posicionamente dos governantes do pais, no contexto europeu, é uma aberração. Esta colocação do interesse estrangeiro acima do interesse nacional nao se via desde 1580. Esta gente nao tem mandato para vender o pais a pataco. Esta gentinha jurou cumprir a Constituição. Se não o faz e põe em causa a independência nacional tem de ser demitida. Como em 1640.

 

MG   

09 Dez, 2012

Coincidências

Já repararam que quando alguém critica o governo, seja um bispo, um responsável desportivo, um empresário “vermelho”, um chefe dos bombeiros, uma autarca mais atrevido, vinte e quatro horas depois, aparece alguma notícia danosa, verdadeira ou falsa, populista ou insidiosa, a atacar a sua reputação e os seus motivos?
Os homens livres deveriam preocupar-se com a coincidência.’

Pacheco Pereira, A MÁQUINA DE “COMUNICAÇÃO”

07 Dez, 2012

Rebanhos

  • Sou um privilegiado, por duas ordens de razões: o primeiro estatuto de privilégio foi-me atribuído pelo primeiro ministro, quando afirmou, com todas as letras, que os que mais o contestam são os que mais têm. Não que seja dos que mais possuem. Mas sou, certamente dos que mais contestam. E com este tipo de raciocínio não tenho margem de saída. O segundo estatuto de privilégio resulta da minha auto avaliação. Sou privilegiado por ter nascido na nação mais antiga da Europa e com um currículo ímpar no espaço europeu. Sou privilegiado, de uma forma mais comezinha, por viver num local aonde ainda se respira um pouco de ruralidade. Tenho pois o privilégio de, de quando em vez, poder ver um rebanho de pacatas ovelhas a pastar.
  • Foi assim que há dias me cruzei com um desses rebanhos a alimentar-se no pasto que circunda a minha habitação. Parei para observar. Enquanto os dóceis animais ruminavam um cão frenético, guardador de rebanhos, circulava permanentemente à sua volta. Já o técnico formado em pastorícia, com um ar mais calmo, olhava os animais encostado a um longo cajado. Esta imagem de bucolismo trouxe-me então à memória uns versos da poesia popular.
  • Toda a vida fui pastor.
  • toda a vida guardei gado
  • tenho uma nódoa no peito
  • de me encostar ao cajado
  • Eu admiro este pastor que conduz as suas ovelhas, faça sol ou faça chuva, para que elas se possam alimentar. Eu considero este pastor um homem sábio. Tem perfeita consciência que quanto melhor tratar  o seu rebanho mais este retribuirá. O mesmo não se pode dizer de outros pastores, guardadores de povos, que apenas querem "ordenhá-lo", pouco se importando se comem ou não. Pastores que usam o cajado para malhar no seu rebanho. Pastores transitórios que se apoderaram do rebanho com má fé. Pastores sem competência e sem  ética pastoril. São estes os seus versos:
  • Eu só vim para pastor
  • Para tomar conta do gado
  • não me vou daqui embora
  • sem o ter bem tosquiado 

        MG

 

 

 

03 Dez, 2012

Um dia não

Há dias não. quem não os teve? um tipo acorda bem disposto. até estava a ter um sonho bom, mas que acabou mesmo no momento em que lhe ia acontecer uma daquelas coisas que só acontecem nos sonhos. terriiiim. maldito despertador. liga o Lcd 3D e continua a ver a duas dimensões. aí começa a desconfiar que o mundo está contra si. que raio de sorte se nem sequer fez qualquer mal ao mundo. ainda por cima o Coelho está em todos os canais. e afinal só para dizer que não disse o que disseram que tinha dito. essa falsa percepção nada tem a ver com a sua comunicação, mas com a capacidade dos indígenas em entender. mas podia ter dito o não dito e ter ido à sua vida. mas não. ia e vinha, ia e vinha. de tal maneira que comecei a duvidar da minha sanidade mental. só vejo coelho, coelho e mais coelho. nem sei se vivo num país de nome Portugal ou se numa terra chamada Coelhândia, onde a língua é o coelhês. às vezes viro-me para a esquerda para ver se vejo porto Seguro. Nein. vejo uma Patetice inSípida e mole( quando há eleições partidárias ? ) vejo uma Petulância Cretina a querer fazer querer que vai governar contra tudo e contra todos. (porca míséria) vejo uma Barafunda Errática, tipo hidra de duas cabeças a gesticular. Mas, chega de siglas misteriosas ou ainda acabo por tirar protagonismo as romances de José Rodrigues dos Santos. 

 

Não há mal que sempre dure, pensei. afinal hoje é odia em que vou entregar-me nas mãos de fada da estilista capilar. desligo o equipamento e mando-me resoluto para o salão de beleza. quando entro apanho a primeira desilusão. nem ali me livro dos lcds. isto já parece o bigbrother. mas do mal o menos, fico mais  descansado, no ecrã não há coelhos. há coisas estranhas debaixo da sigla tv record, mas nem um coelho para amostra. as coisas estavam a melhorar, mas não há bem que sempre dure. quem me veio atender não foi a menina corpinho de yorgute magro, que estava a atender uma cidadã de origem brasileira (né?) . quem me veio tratar dos pelos capilares foi a patroa da menina que parece torneada à mão. não entraria seguramente no concurso peso pesado, mas para chegar aos calcanhares da minha (já nem sei se o é?) estilista anda tem de comer muito yogurte sem gordura. e nem está em causa a sua destreza profissional . o cabelo foi  aparado sem espinhas, agora que não é a mesma coisa não é.

 

É definitivo. este não iria ser o meu dia. saí sem aquele contentamento descontente que faz o a respiração acelerar. para esquecer pus-me a  caminhar sem rumo. foi assim que por entre gentes indiferentes, comecei a limpar a mente. esqueci coelhos, meninas ingratas e outros animais e dei asas à imaginação. a cada passo, a  cada olhar transitório fui construindo o que aqui está relatado. e não garanto que isto tenha qualquer fundo de verdade. o que garanto é que a imaginação não tem limites quando a deixamos à solta. o que garanto é que não há coelhos a não ser à caçador. qual dias não, qual carapuça. na imaginação a menina corpinho yogurte dança só para mim. ou para si. a imaginação não tem ciúmes. 

MG

 

 

 

  

 

 

Os estivadores do porto de Lisboa estão a dar água pela barba (que não tem) ao governo. Com ou sem razão  (não sei) conseguem pôr a actividade portuária a meio gás. Todos percebemos que são rijos e unidos. Mas o que nunca supus era que tivessem caras-metades tão belas. Foi essa beleza que sobressaiu na última manifestação deste grupo profissional. E estou convencido que fizeram mais mossa no governo que todas as musculadas palavras de ordem. Em defesa do seus maridos perpassaram a ideia que estes não ganham os milhões que os políticos referem. E aquilo que ganham sai-lhe do pelo, em detrimento da harmonia familiar. Pois se um estivador chega a trabalhar (disse uma bela e dedicada esposa)  dezoito e até vinte e quatro horas por dia, como pode usufruir das qualidades visíveis e invisíveis da sua linda companheira? Não sei, nem quero saber. São assuntos de alcova, nos quais não me meto, para mais sendo com quem é. Este acontecimento fez, no entanto, vir à memória uma canção em voga intitulada o maridos das outras. E com a devida vénia resolvi adaptá-la às lindas mulheres dos estivadores.

 

 

Todos sabem que os estivadores são brutos 

que deixam os barcos por carregar 

e muitas outras coisas por fazer 

reis absolutos, reis absolutos

toda a gente sabe que os estivadores são resolutos

 

Toda a gente sabe que os estivadores são feios

não fazem a barba

nem lavam os dentes

e são indecentes e são indecentes

toda a gente sabe que os estivadores estão cheios(de massa) 

 

Mas as mulheres dos estivadores não

porque as mulheres dos estivadores vão

sofrendo em silêncio

dura solidão

Doces formosuras

de amor sem igual

esperam por seus maridos

na horizontal

tudo o que os estivadores não

as mulheres dos estivadores dão

 

Toda a gente sabe que os estivadores são maus

fazem o país sofrer muita dor

tem modos bruscos cheiram a suor

plantam confusão e atiram calhaus

são mais  perigosos do que lacraus

toda a gente sabe que trazem o caos

 

Mas os membros do governo não

porque os membros do governo são

o cúmulo da sabedoria

a bondade em banho maria

déspotas iluminados de outra dimensão

que salvam o país da destruição

coisa que os estivadores não

 

Toda a gente sabe que os estivadores são irracionais

nada sabem de patriotismo

empurram a nação para o abismo

com suas mulheres belas de mais

frios predadores, serenos chacais

que matam os filhos e comem os pais

 

Mas os membros do governo não

porque os membros do governo estão

acima da ralé da nação

são ungidos de omnipotência

muito para além da quinta essência

coisa que as mulheres dos estivadores não

porque as mulheres dos estivadores são

inteligência e emoção.

 

MG

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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