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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

13 Out, 2011

Fraude colossal

 

Disse que não aumentava impostos e aumentou. Disse que o PEV IV  sobrecarregava o povo e abriu as portas à Troika. Disse que não cortava no subsídio de Natal e suspendeu os subsídios de Natal e de férias. Tudo para ganhar eleições. Isto não é uma fraude colossal?

 

PS-E o Presidente Silva que tanto criticava o anterior Governo onde está? Quando se demite?

 

MG

13 Out, 2011

Um ano depois

mundodoarthur.wordpress.com

 

Há um ano, a tecnologia acompanhada de muita fortuna, trouxe os mineiros chilenos das  profundezas da terra para a superfície. Um milagre para quem quiser acreditar. Os resgatados do abismo antes de serem  mineiros são homens, com os seus defeitos, as suas virtudes, os seus dramas, os seus segredos. Da escuridão da mina começam a vir à luz do dia estórias, umas alegres, outras tristes, algumas caricatas.

 Uma das mais "badaladas" na comunicação social, foi a do homem que tem duas mulheres a legítima e a amante, a matriz e a sucursal. E ao pedir a presença das duas na recepção pôs à frente da legalidade o sentimento. Pôs acima da lei e da moral esse estado irracional que se chama paixão. Pode objectar-se se é um caso de infidelidade. Mas a qual delas? No fundo este caso mais comum do que se pensa mostra a leveza da natureza humana. Sabe-se que os mineiros renascidos do chão se esfumaram na obscuridade do anonimato colectivo e do quotidiano banal. E aí pode o mineiro bígamo, longe dos holofotes dos preconceitos, viver tranquilamente os seus dois amores. Como tantos outros.

 

MG

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12 Out, 2011

Ao mesmo nível

 

 

Revista de blogues-Câmara Corporativa

Terça-feira, Maio 08, 2007

O papel da violência na história





Discutia-se então acaloradamente o regresso dos militares aos quartéis. Um dia, corria o mês de Julho de 1978, o eufórico Alberto João Jardim resolveu também injuriar os militares: estes haviam perdido a masculinidade, eram uns cobardes, tinham-se efeminado… Em suma, Portugal já não possuía um exército, concluía Jardim. O Coronel Lacerda*, comandante do Regimento de Infantaria da Madeira, dirigiu-se à Quinta Vigia, disse ao presidente do Governo Regional ao que ia — e enfiou-lhe dois sopapos bem puxados nas bochechas. O valente Jardim comeu e calou. Dias depois, fez seguir uma queixa para o Conselho da Revolução.

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* Um leitor facultou-nos cópia do jornal Diário de 31 de Julho de 1978, no qual se contava o incidente que amassou as bochechas de Alberto João.

10 Out, 2011

Democracia e ética

blogdamariazinha.wordpress.com

 

 

A democracia não é um regime perfeito. Do ponto de vista teórico assenta em princípios e valores incontestáveis. Mas entre a teoria e a prática existe uma distância colossal a distância entre a pureza dos princípios e a contradição da natureza humana. Surgem então tantas interpretações da aplicação dos valores democráticos, quantos os interessses pessoais e colectivos, os contextos, as oportunidades e os oportunismos. E o mais preocupante é que são os cidadãos comuns que dão cobertura a esta situação. Daí, que políticos corruptos, consigam manter-se no poder, apesar de todas as malfeitorias. À sombra do bom trabalho, à boleia de o homem fez obra, vale tudo. E cria-se o modelo do cidadão intocável.

 

Não é, nem deve ser esse o conceito de democracia. A democracia só o é verdadeiramente se for sinónimo de cultura e de ética. Democracia sem cultura dá azo a todas as manipulações. Democracia sem ética permite todos os vícios e convida a arbitrariedades. Assim se geram os Jardins, os Altinos que na sua prática são a antítese de um regime democrático, mas que existem e continuarão a admitir, enquanto os cidadãos votantes assim o quiserem. E querem, porque tiveram débito de formação cívica e estão também prisioneiros de interesses imediatos. Ao fim e ao cabo a democracia  continuará refém de si própria, enquanto não formar cidadãos que ponham no mínimo os valores éticos em pé de igualade com os valores materiais. Só então gerará mente livres e democráticas.

 

 MG 

05 Out, 2011

República?

 31daarmada.blogs.sapo.pt

 

No dia 5 de Outubro de 1910, acordámos monárquicos e adormecemos republicanos. Passados cem anos, os vencedores comemoram essa data com  música e foguetório como tendo posto fim ao pior dos regimes. Mas na realidade o que é que mudou com o advento do republicanismo? Praticamente nada. O regime democrático estava implantado desde 1820 e consolidado desde a década de trinta.  A nobreza e ao clero já tinham sido retirados o poder e os privilégios. A Constituição garantia a todos os cidadãos os mesmos direitos e deveres gerais.

 

As mudanças do regime republicano resumem-se a aspectos formais e correcções legislativas. Substituíram o Rei por um Presidente de nomeação parlamentar e sem qualquer poder real. Restringiram o direito de voto aos cidadãos que sabiam ler e escrever, num país de analfabetos. Proibiram, claramente, as mulheres de votar, situação que na Constituição anterior estava omissa. Fizeram uma reforma do ensino primário que ficou no papel. Não contribuíram para o desenvolvimento económico. Não deixaram obra digna de registo.

 

A marca da primeira República é a instabilidade permanente, a luta fratricida entre correligionários, o golpe e o contra-golpe, o descalabro das finanças públicas, a miséria do país.

 

A escolha política na sua essência não é entre monarquia e república, mas entre democracia e ditadura. Em  1910 apenas mudaram os dirigentes. Foram-se as elites monárquicas ficaram as republicanas. Mesmo do ponto de vista formal a República foi muitas vezes menos democrática que a Monarquia. Relembro as ditaduras de Pimenta de Castro e de Sidónio Pais por exemplo, ou a longa ditadura salazarista que muito deveu ao desvario republicano.  A grandeza de um país depende da qualidade das suas classes dirigentes. Os governantes republicanos do início do século XX não trouxeram nobreza e responsabilidade à política, antes pelo contrário. Por isso considero exagerada a relevância dada a esta data em detrimento de outras talvez mais determinantes, como S. Mamede, 1383, 1640, 1820, completamente esquecidas. 

Uma das virtualidades da história é permitir-nos tirar lições. A desbunda da primeira república deveria servir de exemplo aos políticos actuais, que continuam a fazer da política uma chicana permanente em defesa das suas clientelas. O país é mais importante.

 

MG

 

PS - Da análise aqui apresentada não se deve inferir qualquer simpatia por causas monárquicas.

 

Na nossa estrutura política existe um órgão chamado Presidência da República. Existe formalmente mas não tem, neste momento, existência real. Esse órgão devia ter como representante máximo alguém com a função de Presidente. Devia ter mas não tem. Acontece que o cidadão eleito para o efeito, Dr.º Cavaco Silva, não exerce, de facto, as suas funções desde que José Sócrates saiu de cena. Desde então, ou está desaparecido não se sabe onde ou quando aparece e fala, como na última entrevista, não diz rigorosamente nada. Até parece que só se recandidatou para levar a sua área política ao poder e proteger a sua gente (veja-se o caso Jardim). Entretanto, vai-se arrastando por aqui e por ali até terminar o mandato que não exerce. Uma inutilidade.Triste e previsível fim para um político mediano, que apesar dos muitos anos no poder nunca mostrou nobreza de estadista. Os portugueses escolheram-no mas Portugal não merecia.

 

MG

01 Out, 2011

Au revoir

Setembro é um mês difícil. Significa o fim das férias e o stress do regresso ao trabalho. Significa o fim do verão com os seus longos e luminosos dias. Significa o regresso às aulas com o habitual cortejo de disparates governamentais. Significa o regresso da política e dos políticos com as suas guerras de alecrim e manjerona, sempre em defesa do povo. Significa o fim dos namoricos fugazes e despreocupados.

 No tempo em me iludia e desiludia com os amores transitórios, no tempo dos gloriosos dias das rádio, esta canção interpretada pelo saudoso Duo Ouro Negro fazia-nos acreditar que outro verão havia de chegar com os mesmos sonhos, que a vida com seus altos e baixos é um eterno retorno e que depois da tempestade vem a bonança. 

MG

 

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