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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

19 Out, 2011

Santa aliança

mulheres.clix.pt

 

 

A maioria política que nos governa fez-se eleger com base numa mentira. Era preciso derrotar o PEC IV que, pasme-se, iria trazer sacrifícios aos portugueses. O PEC IV apresentado pelo governo anterior com o beneplácito da Comissão europeia e do BCE, previa garantir o financiamento da economia portuguesa sem recurso à via grega made in troika. A sede de poder a qualquer preço da direita, com o apoio do PCP e do BE inviabilizaram o PEC a atiraram Portugal para os braços do FMI. Sem rumo, sem estratégia e sem personalidade esta maioria, com apoio de duvidosos comentadores de TV, vai de corte em corte até ao corte final. Baixa despudoradamente salários, retira inconstitucionalmente direitos com a mesma falta de vergonha com que inventa desvios colossais.

 

Aos mais distraídos convém lembrar que nada do que está a acontecer estava previsto no PEC IV e que muito do que se está a passar não está sequer no acordo com a Troika. Aos mais distraídos convêm dizer, que os que na esquerda agora choram lágrimas de crocodilo-PCP/BE-têm as mesmas culpas no cartório na situação criada. Ou vendo bem, até têm mais, porque não se percebe que papel desempenharam nesta tragédia grega da entrega do poder à direita mais anti-social que governou Portugal desde 1974.

 

E se Portugal soçobrar nesta onda de descontrole e incompetência, à responsabilidade da direita gananciosa se associe a esquerda irresponsável. Nunca é demais lembrá-lo.

 

MG 

 

 

 

 

19 Out, 2011

Economia de totós

A austeridade é uma política ideológica mascarada de política económica. Ela assenta no mito, inteiramente falso, de que a despesa pública é um desperdício e uma perda de riqueza sem retorno e que não conduz a qualquer recuperação económica. Todavia, o Mundo é muito mais complicado e os factos, indesmentíveis, são os seguintes: os países social e economicamente mais equilibrados e que mais rapidamente saíram das respectivas crises foram aqueles onde houve um forte estímulo económico público, dado que nas presentes circunstâncias mais ninguém o fará e são aqueles onde há maior despesa em políticas sociais e maior equidade na repartição da riqueza. Neste sentido, o primeiro-ministro deveria inverter a sua estratégia (se é que tem alguma) e colocar firmemente em cima da mesa a renegociação com o triunvirato, tendo em vista quer a recalendarização, quer a supressão das medidas fortemente recessivas. Acresce, ainda, que deveria negociar medidas de apoio ao relançamento e crescimento económico, bem como ao emprego, sobretudo agora em que se discute não só o perdão da totalidade ou parte da dívida grega, mas também de novos apoios tendo em vista o relançamento da economia helénica.’

 

• Domingos Ferreira (professor e investigador – Universidade do Texas, EUA/Universidade Nova de Lisboa), Economia para totós [hoje no Público]: