Discutia-se então acaloradamente o regresso dos militares aos quartéis. Um dia, corria o mês de Julho de 1978, o eufórico Alberto João Jardim resolveu também injuriar os militares: estes haviam perdido a masculinidade, eram uns cobardes, tinham-se efeminado… Em suma, Portugal já não possuía um exército, concluía Jardim. O Coronel Lacerda*, comandante do Regimento de Infantaria da Madeira, dirigiu-se à Quinta Vigia, disse ao presidente do Governo Regional ao que ia — e enfiou-lhe dois sopapos bem puxados nas bochechas. O valente Jardim comeu e calou. Dias depois, fez seguir uma queixa para o Conselho da Revolução.
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* Um leitor facultou-nos cópia do jornal Diário de 31 de Julho de 1978, no qual se contava o incidente que amassou as bochechas de Alberto João.
12 Out, 2011