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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

09 Set, 2011

Só hoje

Admito que estou ressabiado. Aceito que tive um ataque de inveja. Há dias assim, em que apetece ser mauzinho. Será só hoje. Depois remeto-me à minha insignificância, além de que por princípio ético, não me meto na vida dos outros.

Vem isto a propósito do nascimento do blog Forte Apache, parido pelo Albergue Espanhol e apadrinhado-e bem-pelo Sapo. Mas ao olhar o nascituro vêm-se por detrás de uma fácies cosmetizada os genes do velho progenitor. A saída de cena do albergue do ultra-liberalismo ou relvismo não foi inocente. A sua missão, tirar os socialistas do poder foi rigorosamente cumprida. A sua estratégia, considerar Sócrates o responsável por todos os males do país-quiça da humanidade resultou em pleno, com a complacência do próprio Sócrates, admitamos, pois pôs-se a jeito.  

 Cumprida a tarefa alberguista cabe agora ao forte da direita outra de sentido oposto: defender o passismo, com unhas e dentes, dos índios que somos todos nós. Nesse novo papel já se começa a vislumbrar qual vai ser a estratégia: considerar o novo PS um mar de virtudes e o seu novo líder um anjinho da guarda do governo apachista em nome da salvação do país. Cabe ao PS estar atento e não se deixar envolver nos cantos de sereia de quem traz os genes colossais da conspiração, mesmo disfarçados sobre um colectivo de impolutos jornalistas.

 

MG 

Portugal precisa de um novo 25 de Abril na economia

Francisco Louçã afirmou este sábado que o governo do PSD/CDS-PP está a levar a cabo um verdadeiro " assalto fiscal” e que é necessária “uma política de justiça fiscal para que todos possamos ter a capacidade de usar a economia para aquilo que ela não está a fazer, criar emprego”.

 

 

O BE diz cobras e lagartos do novo governo. O BE chora baba e ranho pelas malfeitorias e falta de sensibilidade social do governo PSD/CDS. Lágrimas de crocodilo. Então o BE não previa que isso ia acontecer quando se juntou à direita para derrotar o PEC IV de Sócrates. Então o BE não tinha consciência que derrubar o governo socialista significava entregar o poder a Passos Coelho? Ignorância ou pura hipocrisia?

 

MG

06 Set, 2011

Outono

 

 

Quando um novo governo toma posse transporta consigo o renascimento da Primavera. Depois vai naturalmente envelhecendo até atingir o seu Outono. Mas o governo Passos /Portas conseguiu a originalidade de fugir à regra e entrar directamente na depressão outonal. Deve ser o único governo português, incluindo os da ditadura, que nasceu já senil. Sem uma ideia inovadora, sem um pingo de sensibilidade social, sem uma réstia de coerência, sem um laivo de vergonha.

 

Este governo ludibriou o eleitorado como não há memória. Comprometeu-se a não aumentar impostos e aumentou-os. Jurou que não mexeria no subsídio de Natal e sonegou-o. Acentuou que era preciso dividir sacrifícios e sobrecarregou os mesmos. Excomungou o PEC IV por ser injusto e multiplicou-o. Qual é a justificação para esta mudança de agulha? Simples e linear: dar o dito por não dito, só tem uma explicação, a colossal herança do anterior governo. Mas não sabiam Passos e Portas qual a situação do país, depois dela ter sido escalpelizada pela troika?  

 

Diz o ditado que "o pior cego é o que não quer ver" aquilo que não convém ser visto. Por outras palavras é a teoria do chico-espertismo para justificar uma fraude sobre o eleitorado. Uma fraude que está a ser suportada pelos portugueses mais indefesos. Uma fraude colossal que pode colocar o país num Outono permanente. 

 

MG

 

02 Set, 2011

Triste Verão

minhasmares.blogspot.com

 

Este  foi um Verão triste. Nem sei mesmo se foi um Verão. Decorreu envergonhado e deprimido. Na despedida chora pesadas lágrimas e descarrega sobre os mais renitentes veraneantes a sua angústia existencial. Possivelmente (é uma interpretação) não sabe se a sua existência se justifica num inverno permanente de desilusões e esperanças perdidas. Possivelmente chora por si, chora por nós, chora pela inconstância e irresponsabilidade da natureza humana. Chora pela injustiça, pela incompetência mascarada de política, pela malvadez disfarçada de finança, pela escravatura vestida de economia real, pelo pragmatismo travestido de falta de princípios.

Quando a poderosa natureza se contradiz prometendo o Verão e dando uma espécie de Outono mitigado o que podemos esperar dos frágeis humanos a quem entregamos a condução das nossas vidas? 

 

MG

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