- Comecemos pelos factos, antes das intenções: há três meses, toda a oposição, incluindo a direita,
- : havia apenas má governação. E, portanto, a solução era simples e entrava pelos olhos dentro: apear o governo de Sócrates.
- De então para cá, os juros da dívida soberana portuguesa subiram 60% nos mercados; o governo demitiu-se, como tinha dito que faria se o PEC 4 não fosse aprovado; abriu-se uma crise política e fomos para eleições, entrando num período de letargia governativa na pior altura; em consequência e perante a reacção dos mercados, foi preciso recorrer ao auxilio externo e acatar o programa de medidas da
- bem mais gravoso do que o PEC 4, mas aceite pelo governo e, quase entusiasticamente, pela oposição de direita que recusara o PEC 4; fomos depois a votos e mudámos de maioria e de governo; e,
- . Longe parece o tempo (há um ano) em que Pedro Passos Coelho pedia desculpas públicas por quebrar a sua promessa programática de não subir impostos, aceitando viabilizar o PEC 3. Hoje,
- . Longe vai o tempo que
- .