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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

17 Mai, 2011

PL

O PS deve mudar de sigla. Deve mudar o seu nome para PL(Partido Leproso). No espectro político todos o evitam e rejeitam. Os partidos à sua esquerda porque se acantonaram como partidos de protesto e são incapazes de se comprometer com qualquer acção governativa. Os partidos à sua direita proclamaram que nunca governarão com o PS independentemente de ganhar ou perder. Se a votação do PS ou PL e dos seus eleitores não "aquenta nem arrefenta"e está ostracizado à partida,  não sei porque vai disputar eleições. E se os partidos à direita ganharem, mas não tiverem uma maioria absoluta como vão conseguir impor as duras medidas acordadas com a troika? E como vai o Presidente da República que ajudou a criar esta situação para beneficiar a direita resolver o eventual imbróglio? Aguardam-se desenvolvimentos desta forma sui-generis de democracia.

 

.MG

 

PS Na crise de 1983 Mário Soares após ter ganho as eleições foi obrigado a chamar o FMI para evitar a bancarrota provocada pelo governo da AD(PSD,CDS,PM). E não tendo maioria fez uma aliança com o PSD para bem do país. E isto faz todaa diferença entre um estadista e politiqueiros.

16 Mai, 2011

Titanic comunista

 

Eu admiro alguns comunistas que tenho o privilégio de conhecer. Gente boa e solidária. Admiro a sua crença e confiança na vitória do comunismo marxista-leninista. Admiro a sua ingenuidade na bondade da natureza humana. Eles parecem-me, no bom sentido, um Titanic afundado. Mesmo depois da catástrofe da experiência comunista no leste europeu ,continuam a crer que é possível navegar no mesmo barco, recuperado do fundo do mar.

 

Admiro o projecto comunista, nos seus generosos princípios: fim da exploração do homem pelo homem, a cada um de acordo com as suas necessidades. Admiro, mas não consigo acreditar que tenha aplicabilidade prática, porque se tivesse não teria sido varrido ou estar em vias de o ser onde foi experimentado. E, na minha opinião, foi extinto porque nunca conseguiu criar a sociedade de bem estar e igualdade que prometeu. A questão é simples: substituir um Estado por outro, com a mesma estrutura é já por si um sinal de divisão social. Mas esse não é único, nem o principal problema da falência do socialismo real. O principal problema está na natureza humana, onde se incluem os próprios comunistas: imperfeição, egoísmo, inveja, individualismo, ganância. Se os comunistas conseguirem modificar a natureza humana, com seres perfeitos e totalmente solidários têm o meu total apoio. Enquanto isso não acontece prefiro colocar-me no campo do realizável, isto é no da igualdade possivel e que resumo, de uma forma simplista, numa  mais justa distribuição de riqueza.

 

MG

 

PS- Nunca percebi, nem nunca vou perceber, porque é que os actuais dirigentes da esquerda(PCP,BE) comunista fazem do PS o seu inimigo principal. Não entendo porque,explícita e implicitamente, dão força a uma direita ultra liberal que até as Águas de Portugal quer privatizar. Que saudades do tempo em que ainda tinham a lucidez de engolir sapos. Volta Cunhal, estás perdoado. 

oquero-quero.blogspot.com

 

Um dirigente do CDS disse que mesmo que o PS ganhe as eleições o seu partido fará uma coligação com o PSD, se tiverem maioria, para formar governo. Esta afirmação causa perplexidade e algumas dúvidas:

 

Onde raio é que este dirigente descobriu que os votos no PS valem menos que no PP e no PSD?

Ou será que o princípio um homem um voto é substituído pelo de distinguir entre votos bons e maus?

Que raio de conceito de democracia é esta onde se ignora o partido, eventualmente, vencedor?

Se assim for para que serve estar a efectuar eleições e suportar o seu custo num país em crise?

 

MG

 

 

14 Mai, 2011

A validade do voto

underpressure-blog.blogspot.com

 

No século XIX havia o rotativismo: de um lado o partido Regenerador e do outro o Progressista, que estabeleceram entre si um acordo, segundo o qual alternavam no poder ao fim de cada legislatura. Era uma democracia condicionada por esta alternância, que permitia fazer tacitamente transferência de votos. de modo a  conseguir que a vitória nas eleições também alternasse.

 

Passado mais de um século, vejo num debate televisivo, dirigido por Ricardo Costa com jornalistas e politólogos, ser ressuscitada, embora capciosamente a tese do rotativismo. Dizia  o Costa, de forma recorrente, que não percebia como é que o PS estava a subir nas sondagens, quando depois de seis anos de governo e de desgaste devia acontecer o contrário. E não se cansava de dar o exemplo da Irlanda, onde o eleitorado penalizou o partido que pediu ajuda ao FMI. De uma forma geral, perpassava a ideia que o PS não pode ganhar, havendo até quem afirmasse que o PSD será o vencedor, porque assim deve funcionar o rotativismo.

 

A tese que começa a circular na oposição é que a subida do PS é fruto da estupidez do eleitorado português. 

Mas o eleitorado sabe quem interrompeu, sem necessidade a legislatura, com o objectivo de ir rapidamente ao pote. Mas o eleitorado percebeu que dar mais votos a partidos de esquerda radical, para apenas fazerem sindicalismo político ou alianças espúrias com a direita  é desnecessário. Mas o eleitorado não confia em lideranças que não mostrem convicção nem coerência. Mas o eleitorado tem a noção que o Sócrates pode ser o pior chefe de governo, mas também tem consciência que ainda não apareceu outro melhor. Ainda bem que não são os negócios de bastidor que decidem o voto de cada cidadão. O voto certo ou errado, correcto ou incorrecto, inteligente ou estúpido é uma opção livre e pessoal e aí reside a essência da democracia. 

12 Mai, 2011

Vigarices

 

 

 

Está a surgir uma nova forma para vencer debates televisivos pelos partidos da oposição, cada vez mais unidos na acção: trata-se de sacar um documento-bomba com a pretensão de cortar o fôlego ao inimigo público número 1 o primeiro ministro Sócrates.

 

a)Paulo Portas apresentou, com a maior cara de pau, um gráfico sobre as dívidas públicas, expressamente falsificado.

 

b) O seráfico Louçã esgrime uma carta NUNCA escrita pelo ministro das finanças à troika, sobre o taxa social.

 

Os comentadores, sempre tão solícitos a questionar a veracidade das coisas, exultaram com as jogadas de mestre que atiraram o primeiro ao tapete. No mínimo é preciso ter topete.

 

Aceitam-se apostas sobre o que surgirá nos próximos debates. Aventuro-me a adivinhar as provas de Jerónimo e Coelho, estranhamente (ou talvez não) unha com carne. Quanto ao primeiro, não me espantaria que mostrasse o Sócrates em cenas menos próprias com Angela Merkel. Já quanto ao segundo que quer ser primeiro, menos imaginativo, só me ocorre a oferta  de um cálice de cicuta ao Sócrates, preparada por Catroga, com (ou sem) um toque de... (ver vídeo). É que começam a estar desesperados para se livrarem do homem. Não está fácil. É um osso duro de roer.

 

ZC 

 

 

 

AS PROVAS:

 

O gráfico (sem rasuras)



O gráfico de Paulo Portas (rasurado)

 

 

11 Mai, 2011

Revista de blogues

Postado em Câmara de Comuns

 

The Danish People’s Party has been given significant legal and foreign policy concessions in return for its support for the government’s retirement reform.

 

Tal como em França e Itália, onde a direita governa, ou com base em vários princípios da extrema-direita (França) ou com a muleta indispensável para manter-se no poder (Itália), mais um Governo europeu de direita passa a governar com cedência à extrema-direita.

 

A poucos meses das legislativas dinamarquesas, e para fazer aprovar uma reforma de aposentações, o Governo de Copenhaga cedeu ao radicalismo e a tese da Europa de fronteiras volta a ganhar mais um protagonista.

 

Seja no campo económico, seja no social, a UE continua a caminhar para o passado de má saudade, ignorando e dispensando todos os princípios do projecto europeu.

 

O nacionalismo, sempre que triunfou na Europa, só soube dar-nos miséria e guerra. É bom não esquecer.

11 Mai, 2011

CE-OS LIQUIDADORES

tatodemacedo.blogspot.com

 

Portugal gasta acima do  que produz, é um facto. Portugal destruiu desde a década de oitenta parte significativa da estrutura produtiva, é uma  realidade. Portugal tem, em consequência, aumentado significativamente a sua dívida pública e privada, é uma constatação. A situação económica de Portugal assenta mais em factores estruturais e menos em conjunturas transitórias. É certo que à insuficiente de produção e à reduzida produtividade se veio juntar a crise desencadeada pelo capitalismo especulativo, mas esta teria sido mais suave não fora o fraco crescimento económico  do país, nas últimas décadas.

 

A Europa solidária das nações está moribunda e traiu o projecto dos pais fundadores. É hoje uma caricatura de um espaço unido e solidário. É uma Europa de interesses xenófabos, incapaz de tomar decisões que a defendam como um bloco e ponham no seu lugar os famintos usurários. Pior, entrou  ela própria num processo de  autofagia, começando a devorar os seus menbros mais débeis, sem ter o descernimento de que assim está a cavar a sua própria sepultura. Só assim se percebem os juros brutais que vão cobrar a Portugal, pelo empréstimo mascarado de ajuda. Sim, porque desta maneira não se pretende promover qualquer recuperação, mas antes proceder a uma descarada liquidação. 

 

MG

10 Mai, 2011

Impunidade

 

 

Mário Soares foi um dos políticos portugueses mais influentes no pós 25 de Abril. Portugal deve-lhe a defesa dos valores democráticos, contra a deriva esquerdista que procurava impor uma ditadura de outra matiz. Com a sua coragem, mobilizou a sociedade civil e conseguiu evitar, com apoio de sectores militares moderados, que a luta se extremasse e acabasse numa sangrenta guerra civil. A democracia teria triunfado na mesma mas com pesados custos, o de uma democracia de sangue.

 

A autoridade moral (ao contrário da superioridade que hoje alguns invocam) que lhe advêm da sua dedicação ao país, permite-lhe como senador apresentar uma  visão dos acontecimentos que vivemos de uma forma lúcida, serena e distante. Aqueles  que na comunicação social e não só, diabolizam Sócrates como a pior das criaturas, e o seu governo responsável por todos os males que afectam a pátria lusa, ignorando conjunturas e contextos e heranças estruturais, aproveitem a sua análise, que aqui reproduzo, para fazer uma reflexão séria e honesta.

MG

 

 

O antigo Presidente da República alerta que a ganância impune dos mercados não vai parar com o resgate de Portugal.

Mário Soares escreve hoje no Diário de Notícias que "lá para princípios de 2013 a corda vai partir (...) porque a União Europeia não vai aguentar a pressão a que o euro vai continuar a estar sujeito".

 

 

O histórico socialista considera que "o rígido monetarismo do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia, inspirado pela chanceler Merkel e seguido, sem visão de futuro, pelo Presidente Sarkozy, vai ter de mudar e radicalmente. Porque a ganância impune dos mercados não vai parar com o caso português".

Para Mário Soares "outros Estados vão ser atacados, como a Bélgica, a Espanha, a própria Itália e mesmo talvez a França. E aí tudo pia mais fino, como diz o nosso Povo... A União Europeia vai ser obrigada a mudar de paradigma, para sobreviver como tal, e avançar com o projecto europeu".

 

Diz o ex-Presidente da República que "a União Europeia, na actual crise, para se salvar, deve não só respeitar os valores dos Pais Fundadores, como ter a coragem de regulamentar os mercados especulativos, que condicionam os nossos Estados e ilegalizar essas empresas de rating, sem rosto nem princípios éticos, que estão ao serviço dos mesmos especuladores".

 

E continua: "Numa Europa ultraconservadora, em que a economia comanda a política - e não ao contrário, como devia ser - e que só pensa no dinheiro, ignorando as pessoas, é difícil lutar por um novo paradigma político de crescimento. Mas não têm alternativa: ou o fazem ou a União entrará em decadência e desagregação irremediáveis".

Soares apela ainda aos europeus para que "no seu conjunto", se imponham aos Governos ultraconservadores, "sem violência, mas com firmeza. Descer à rua e manifestar-se! É o que os políticos reaccionários mais temem".

 

09 Mai, 2011

Jangada de Pedra

 

msn.buscape.com.br

 

As oposições partidárias, os inimigos pessoais e figadais de Sócrates, veem criando uma ficção de  Portugal navegando numa jangada de pedra. De um dia para o outro, Portugal desligou-se da Europa e do mundo e lá vai à bolina por mares aonde lhe acontecem todas as desgraças por culpa única do seu timoneiro. Este é pintado a negro como um demónio, que vai conduzindo a barca e os seus santos tripulantes para o inferno. Esta jangada nas suas misérias, está imune à crise internacional, à especulação dos mercados, aos humores e interesses da oposição, ao boicote de PECs, à sacanagem das agências de rating, à imposição de troikas. A palavra de ordem dos jangadistas oficiais e da sua corte de acólitos de punhos de renda ou de jagunços do insulto e da boçalidade é "temos de afogar o timoneiro". Feito isto, uma nova geração de salvadores conduzirá a jangada para o seu ancoradouro paradisíaco, onde toda a mentira, toda a maldade, todos os delinquentes serão castigados pelos males que provocaram. A pureza ,a  geração sem defeitos, reinarão por mil anos.

 

Mas no mundo real em que vivemos não há demónios ou santos. Há demónios e santos.Isto é todos somos um pouco de uma coisa e outra.  E é isso que garante a riqueza da humanidade. Se Deus quisesse criar uma sociedade perfeita e angelical não teria encerrado o paraíso. E muito menos teria dito, como expresso nos evangelhos, aquando da condenação da mulher adúltera: "quem não tiver pecados que atira a primeira pedra".

 

ZC