Bode expiatório
A campanha eleitoral está a decorrer ao nível de "carroceiro": insultos, insinuações, fait-divers, arruaças, grosserias, julgamentos de carácter....
A campanha de esclarecimento tem de ser baseada em princípios, valores, ideias, projectos. Tem de ter elevação, com respeito por todos os concorrentes e por todos os partidos.
Desceu à rua, pulula nas redes sociais, a cultura "brega" dos que tiveram oportunidade de cultivar-se e não quiseram, dos que desperdiçaram os milhões gastos na educação em atitudes de desrespeito, indisciplina, arrogância e que resultou na formação de labregos à solta.
A escolha democrática assenta no voto livre. São os eleitores certos ou errados que decidem quem deve governar-nos e têm o direito de ser esclarecidos com verdade.
Sócrates tomou medidas correctas e incorrectas, numa conjuntura complexa e imprevisível. Sócrates, como todos nós, não é perfeito, nem infalível. Mas considerá-lo o bode expiatório de todos os males da nação, passados, presentes e futuros não é sério, nem leal. Usar pequenos truques, meias verdades, muito populismo, desde o seráfico Louçã ao demagogo Portas, para conseguir mais um punhado de votos revela desespero. A situação do país merece melhor .
ZC