Provincianismo
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Portugal nasceu de vontades colectivas restritas, mas colectivas. Portugal cresceu com vontades cada vez mais alargadas. Portugal tem oito séculos ponto
Apesar de Portugal ser um desígnio assente numa maioria de vontades, sempre houve quem procurasse abortar o seu nascimento e sabotar o seu crescimento. Estiveram contra os infanções nas lutas contra o partido aragonês, estiveram do lado de Castela em 1383, estiveram com os Filipes em 1580, estiveram com as Forças napoleónicas no século XVIII. Estão sempre contra Portugal, porque nunca o sentiram. Vogam ao sabor de interesses imediatos, de ideologias bacocas e ultrapassadas.
Estas forças, representam o espírito derrotista que esteve contra a expansão marítima, contra o liberalismo, contra o progresso fontista. Representam o Portugal soturno e provinciano, que considera os portugueses pequeninos, inferiores perante o estrangeiros, incapazes de se auto governarem. Em momentos de esplendor desaparecem , regressam aos seus esconsos esconderijos. Mas quando surgem épocas de crise aparecem com as suas ladainhas de profetas de desgraça. Em vez de unir, dividem, em vez de ajudar desajudam, em vez de moralizar desmoralizam. Estão em todas as classes, em todas as ideologias, em todas as capelas.
Mais uma vez, como hiena que fareja carne, estão visíveis e empolgados. Talvez seja desta que o país improvável que ousou querer ser nação, se dilua no grande mar do poder externo. Graças a Deus desejos não são realidades. Se assim fosse o país mais periférico da periferia não iria completar oitocentos e sessenta e oito anos.
MG