Do FMI e outros demónios
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Ou tenho andado distraído ou os obcecados pelo FMI tem estado mais discretos. De facto, não os tenho visto nos órgãos de comunicação onde fazem o mal e caramunha, a dizer tão peremptoriamente, que o FMI já está em Badajoz à espera de visto para entrar.Não sei o que se passa! Será que perderam a fé no dito salvador da pátria e da dívida soberana? Ou será que foram ungidos com um pouco de lucidez e bom senso?
O que a realidade nos mostra, é que essa entidade tão adorado por alguns comentadores de tudo e mais umas botas, é mais demónio que santo. A não ser que alguém me explique, por que é que depois de se instalar na Grécia e na Irlanda com o seu rosário de penitências, a situação continua a agravar-se. E o raio dos juros que não descem? E o diabo dos mercados que não se acalmam? E as diabólicas agências de rantig com rabo de fora, que só rolam num sentido: para baixo.
A máxima que se impõe é: Quem não tem dívidas que atire a primeira pedra. Esta história de nos distrair com a divida dos mais pobres, responsáveis sempre por todos os males da humanidade é a estratégia da aranha. vai-se isolando uma vitima, depois outra, depois outra...e depois quando não houver mais? O sistema capitalista de liberalismo selvagem, na sua ganância de tirar mais e mais, pode levar-nos para a autodestruição se ninguém o conseguir parar.
Quando vejo os pequenos diabinhos caseiros a entrar neste perigoso jogo fico arrepiado. A Alemanha da senhora Merkel com a sua teimosia de dividir em vez de unir, de não querer criar mecanismos de regulação económica solidária, na cega ilusão de que está a defender os interesses germânicos, pode acabar por destruir o que levou décadas a ser feito. A sua política de entregar o comando ao diabo do poder financeiro, se não for alterada, acabará por destruir o euro e com ele o projecto europeu. Será uma via de terra queimada com efeitos inimagináveis.
A salvação da União Europeia e do seu sonho de sociedade avançada só será viável na unidade de todos os europeus sem distinção entre pequenos e grandes bons e maus da fita. Ainda tenho esperança que o bom senso se sobreponha ao mau gosto.
MG