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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

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13 Jan, 2011

Feira da ladra

planetasoares.com

 

 

A feira da ladra de Lisboa é quase tão antiga como Portugal. Ali, às terças e sábados,  se continuam a vender desde o século XIII artigos de desvairadas proveniências, usados ou novos, tanto faz. Neste mercado, ao contrário de outros, compra-se e vende-se, dentro das regras do comércio justo. Faz-se o preço, regateia-se, aceita-se ou recusa-se. Ninguém engana ninguém.

 

Há outra feira da ladra, ao contrário da genuína de Lisboa e  onde não se pode discutir ou regatear. É a feira do pagas e bico calado. Esta feira não tem rostos visíveis, dias marcados, ou espaços demilitados. A sua essência é o agiotismo, em linguagem popular receber um chouriço e dar um porco. Actua no palco planetário e extorque sobretudo a quem  tem menos, para encher os bolsos a quem já os tem bem cheios. É uma espécie de Robin dos Bosques ao contrário.

 

Portugal como outros países mais debilitados está a ser vítima desses feirantes agiotas. Primeiro, alinham os países numa coisa chamada rating : Depois, dividem-nos em viáveis e inviáveis, honestos e salafrários. Finalmente estão criadas as condições para lhes aplicar a receita : juros e mais juros, dívida e mais dívida, rating e mais rating. É o ciclo vicioso da ladroagem. " SÓ ISSO EXPLICA, escreve Boaventura Sousa Santos na Visão, QUE OS QUINHENTOS INDIVÍDUOS MAIS RICOS DO MUNDO TENHAM UMA RIQUEZA IGUAL À DA DOS QUARENTA PAÍSES MAIS POBRES COM UMA POPULAÇÃO DE 416 MILHÕES DE HABITANTES"

 

Como é possível que neste país haja quem defenda isto. Sem mais palavras. Ouça esta feira da ladra, talvez ajude a acalmar a indignação.

 

 

  

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Sabe que há uma terra chamada Vila Flor, sabe que existe nesta terra uma empresa  (Sousacamp) produtora de cogumelos, sabe que absorveu toda a mão-de-obra local, sabe que precisou de recorrer  a mão-de-obra emigrante, sabe que contratou trabalhadores romenos, alguns com qualificações acima da média, a quem forneceu habitação gratuita. Já não há mão-de-obra disponível em Portugal? De acordo com as estatísticas  existem 500 mil desempregados e muitos a viver de subsídio de desemprego. Não estarão os nossos trabalhadores desempregados dispostos a enfrentar a interioridade transmontana? Ou estaremos a alimentar um país de subsídio-dependentes? Por este caminho não haverá PECs que nos salvem. Mas há gente nova, meninas romenas, dispostas a ajudar a salvar da morte lenta o belo interior de Portugal. Pode ver a reportagem em:

 

http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/Primeiro+Jornal/2010/11/edicao-de-23-11-2010-2-parte-predio-em-risco-de-ruir-em-lisboa-panico-no-camboja-tensao-entre-coreia.htm