Ser ou não ser
À leveza do ser contrapõe-se o pesadelo do ter. O ser concentra o conceito de felicidade no desprendimento material e no valores do espírito. O ter, ao contrário, arrasta para a ganância, para a exploração, para o desrespeito, para a corrupção.
Uma sociedade baseada no ser conduz à harmonia, uma sociedade baseada no ter leva á desigualdade e ao medo. As sociedades assentes no ter, geram injustiça, acentuam diferenças, produzem miséria, atraem todo o tipo de crime.
Na sociedade do ter, adora-se a concorrência desleal e cria-se a ilusão que mais e mais riqueza é igual a mais e mais felicidade. Assim funcionam as economias ditas desenvolvidas. Um dia, o ser, carregado de ter, parte como todos os outros. O que resta: ilusão perdida.
Vitor Alves , um capitão de Abril, partiu como o conhecemos, simples, discreto, generoso. Arriscou com outros camaradas a sua carreira por um ideal. Terminada s sua missão não tirou partido do poder que usufruiu. Terminada a sua missão, não exigiu recompensas e regressou ao seu papel de cidadão quase invisível. Partiu com a mesma leveza com que viveu e viverá porque só vive na história quem faz do altruismo uma missão .
MG