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Aqui tenho criticado a sociedade consumista. Mas porque bem prega frei Tomás, hoje vou fazer uma confissão, um acto de contrição: consumidor me confesso, mea culpa, mea culpa, mas também culpa dessa entidade poderosa que nos incita a consumir para a seguir nos acusar de viver acima das nossas possibilidades. Na minha opinião existem dois grandes grupos de consumidores, os que gastam o que têm e o que não têm e os que procuram não ultrapassar o seu real rendimento.
Tenho a sorte ou o privilégio de pertencer ao segundo grupo. De facto, procuro não ultrapassar os limites do rendimento disponível. De facto, procuro fazer alguma poupança para garantir possíveis imprevistos. Esta é uma regra básica da economia pessoal. Mas quando é o Estado pretensamente dirigido por especialistas que não respeita a regra, que se pode esperar de cidadãos sujeitos a agressivas campanhas consumistas? Quando o exemplo não vem de cima que responsabilidade real e moral se pode exigir a quem está na base?
Num mundo cada vez mais globalizado, consumo e produção são faces de uma mesma moeda e como tal devem estar equilibrados. Consumir de forma racional visando satisfazer necessidades não é pecado. A economia deve ser livre mas não pode ser desregulada. O funcionamento irracional de mercados, em nome do dito liberalismo é um esquema montado para enriquecer uma elite sem rosto. É uma esquema legal de "chico espertismo", criando a ilusão que se dá( com uma mão), para depois tirar ainda mais com a outra. E tem um risco gravíssimo, levar os povos ao desespero. Basta olhar a história para perceber onde pode desembocar esse desespero!
MG