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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

04 Jan, 2011

Consumos

evolucaotecnologica.wordpress.com

 

Aqui tenho criticado a sociedade consumista. Mas porque bem prega frei Tomás, hoje vou fazer uma confissão, um acto de contrição: consumidor me  confesso, mea culpa, mea culpa, mas também culpa dessa entidade poderosa que nos incita a consumir para a seguir nos acusar de viver acima das nossas possibilidades. Na minha opinião existem dois grandes grupos de consumidores, os que gastam o que têm e o que não têm e os que procuram não ultrapassar o seu real rendimento.

 

Tenho a sorte ou o privilégio de pertencer ao segundo grupo. De facto, procuro não ultrapassar os limites do rendimento disponível. De facto, procuro fazer alguma poupança para garantir possíveis imprevistos. Esta é uma regra básica da economia pessoal. Mas quando é o Estado pretensamente dirigido por especialistas que não respeita a regra, que se pode esperar de cidadãos sujeitos a agressivas campanhas consumistas? Quando o exemplo não vem de cima que responsabilidade real e moral se pode exigir a quem está na base? 

 

Num mundo cada vez mais globalizado, consumo e produção são faces de uma mesma moeda e como tal devem estar equilibrados. Consumir de forma racional  visando satisfazer necessidades não é pecado. A economia deve ser livre mas não pode ser desregulada. O funcionamento irracional de mercados, em nome do dito liberalismo é  um esquema montado para enriquecer uma elite sem rosto. É uma esquema legal de "chico espertismo", criando a ilusão que se dá( com uma mão), para depois tirar ainda mais com a outra. E tem um risco gravíssimo, levar os povos ao desespero. Basta olhar a história para perceber onde pode desembocar esse desespero!

 

MG

 

A vida é uma criança que é preciso embalar até adormecer  

                                                                  Voltaire

 

E se embalássemos a crise até a adormecer? E se quando acordássemos, o pesadelo que nos persegue , nestes dias, já tivesse passado? Quem sabe  se não mergulharíamos no sonho, essa dimensão perdida da humanidade que é capaz de mover montanhas. E se despertássemos a criança que há em nós e na vida? Talvez aí encontrássemos a solução simples para a complexidade que teimamos em inventar. Como dizia Rousseau ,será que existe um bom selvagem, dentro de cada um de nós? Ou será que o mundo adormeceu embalado pelas mãos de maus selvagens?

MG