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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

16 Dez, 2010

O senhor comédia

 

 deadline.com

Tudo o que nos faz rir neste mundo cheio de sisudez e excesso de dramatismo, merece um lugar na galeria da saúde mental. O riso liberta-nos do arrivismo dos políticos, do pessimismo dos velhos do Restelo, livra-nos da psiquiatria, afasta-nos da psicologia...

 

Blake Edwards, a quem devemos duas décadas de boa disposição, deixou hoje de rir ou quem sabe, talvez continue a rir-se, onde quer que esteja, de um mundo que se leva  demasiado a sério. 

 

O legado que deixa para estas e outras gerações, é um contributo fundamental de quem prefere o lado simples e despreocupado da vida, como o inspector Closeau  (Peter Sellers), da Pantera Cor de Rosa.

 

MG

 

 

16 Dez, 2010

Mealheiro colectivo

 tostoescadecasa.blogspot.com

 

 

No tempo em que a palavra consumismo não era pronunciada em Portugal. No tempo em que o conceito Estado Providência não existia. No tempo do salve-se quem puder,no tempo da pobreza assumida, a palavra mealheiro associada à poupança privada era dominante do berço à tumba.

 

Nesses tempos sem reformas universais, subsídios ou outras protecções, cada cidadão tinha de ir pondo de parte as poucas migalhas ( daí o uso da expressão migalheiro nalguns locais) que sobravam do seu magro rendimento.

 

Nestes tempos difíceis, foi o governo que recuperou a ideia do mealheiro colectivo. Com efeito nas propostas de alterações laborais para salvar o país do colapso, surgiu a ideia de um fundo para garantir indemnizações em caso de despedimento. Quem até aqui as pagava era o patronato quando dispensava trabalhadores. Com a nova norma, acabam, em última instância, por ser os próprios a financiar o seu eventual despedimento. Dizem que é uma garantia que salvaguarda que empresas falidas possam cumprirem as suas obrigações. Poderá ser, mas o facto é que inverte o  princípio das responsabilidades numa relação laboral.

Quem diria que depois de décadas de progresso social seria esta a situação? Penso que para isto muito contribuiu esta ideia errada: a prosperidade encontra-se na tarja de um cartão de crédito. Esta falsa prosperidade já tem sido demonstrada pela história, mas a memória curta da sociedade não a consegue reter.