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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

30 Nov, 2010

A última cena

Mário Monicelli tem a sua vida ,que hoje terminou aos 95 anos, ligada ao cinema italiano do pós-guerra. Mestre da "comédia à italiana" realizou filmes que são clássicos do período áureo do cinema transalpino.Trabalhou com grandes actores e actrizes e ganhou vários prémios. Pelo que nos fez pensar, pelo que nos divertiu, merece ser lembrado, através de cenas de alguns dos seus filmes, como Casanova 70 ou Os Meus Amigos...

 

 

 

 

 

 

«Fernando Pessoa em flagrante delitro»: dedicatória na fotografia que ofereceu à namorada Ophélia Queiroz em 1929. Um poeta com sentido de humor.

 

O ano da morte de Fernando Pessoa foi 1935 no dia 30 de Novembro. O poeta passou pela vida de forma discreta, mas a sua obra libertou-o da lei da morte: o esquecimento. Inteligência rara e criativa, pensador livre e descomprometido, desdobrou-se em múltiplas personalidades para dar corpo a um  imenso caudal reflexivo. Escrevia por prazer e com prazer, mesmo quando expressava a sua verdadeira dor. O seu pensamento disperso por uma vasta obra poética é hoje um legado importante para a humanidade. Cidadão português do mundo, merecia ser mais divulgado e conhecido pelos seus compatriotas. A casa Fernando Pessoa que hoje completa 17 anos vai-lhe prestar justa homenagem, entre outras actividades, com a passagem do Filme do Desassossego. Aqui deixamos o nosso modesto contributo, recordando um dos seus poemas com assinatura de Alberto Caeiro e uma interpretação musicada de "Há uma música do povo" na bela voz de Mariza:

 

 

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Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples
Tem só duas datas — a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus.

Sou fácil de definir.
Vi como um danado.
Amei as coisas sem sentimento nenhum.
Nunca tive um desejo que não pudesse realizar, porque nunca ceguei.
Mesmo ouvir nunca foi para mim senão um acompanhamento de ver.
Compreendi que as coisas são reais e todas diferentes umas das outras;
Compreendi isto com os olhos, nunca com o pensamento.
Compreender isto com o pensamento seria achá-las todas iguais.

Um dia deu-me o sono como a qualquer criança.
Fechei os olhos e dormi.
Além disso, fui o unico poeta da Natureza.

 

 

30 Nov, 2010

Agradecimento

Este blogue está em destaque e ficou sem jeito, mas feliz por pertencer ao clube dos destacados. Estamos aqui  pelo prazer de exprimir e compartilhar ideias, pensamentos, sentimentos... Obrigado à equipa do SAPO e a todos os visitantes de hoje e de sempre. Bem hajam

 

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