Liberdades
No ano 1942 o mundo estava a ferro e fogo. A Alemanha nazi estendia os seus tentáculos até ao continente africano. A resistência ao totalitarismo lutava em todas as frentes para restabelecer a dignidade dos povos oprimidos. Longe do palco sangrento do conflito, a máquina de criar ilusões adapta para a tela a peça teatral de MurraY Burnet e Joan Alison, Casablanca. Tendo como pano de fundo a antecâmara do inferno nazi e como ingredientes uma bem doseada mistura de romance, humor ,intriga e suspense, Casablanca estreado em 26 de Novembro de 1942 no Hollywood Theater de Nova Iorque , ganhou vários prémios e é hoje considerado um dos maiores filmes de todos os tempos. Aqui o recordo como uma das expressões mais positivas do homem , a que genericamente se chama arte e uma das suas mais generosas características: a luta pela liberdade.
Em 1807, a libertária França no seu desvario imperialista, invade um pequeno e secular país, situado na periferia do continente europeu. Não para o libertar mas para o oprimir. É certo que esta invasão não é mais que um episódio de um conflito entre potências, França e Inglaterra, pelo domínio da Europa. E é esse facto que justifica a ocupação e que vai também facilitar a libertação. Com efeito no dia 26 de Novembro de 1807, a corte portuguesa parte para o Brasil, a fim de preservar a soberania nacional. Esta atitude, tantas vezes injustamente criticada, permite manter a independencia do país, ao mesmo tempo que cria as condições para expulsar os franceses de Portugal. A liberdade que aqui esteve em causa, acabou mais uma vez por sair vencedora.
MG