Nos últimos anos vivemos no reino encantado duma falsa prosperidade. Vivemos à sombra de cartões de crédito promovidos pelas mesmas sereias que agora nos estão a cobrar a factura com língua de palmo. E mesmo aqueles a quem o crédito não passava cartão, pedinchavam tudo ao imprevidente Estado Providência, como por exemplo "dêem-me uma casinha". Nem de propósito que saudades que eu tinha da minha alegre casinha com Xutos e Pontapés:
No mesmo país, mas nos tempos em que para ter uma casinha era preciso trabalhar por e para ela, Milú diva dos saudosos anos áureos do cinema português, cantava assim: sinal dos tempos?