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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

"Teixeira dos Santos é o inimigo público número um do povo"

 

                   Carvalho da Silva sindicalista

    Quem é o inimigo público número um?

 

 

 

 

A sociedade industrial culmina uma evolução económica de alterações revolucionárias no processo produtivo. Aliada a uma crescente revolução técnica gerou nos países industrilizados o aumento do número de assalariados. Esta nova realidade social expressa numa divisão entre capital e trabalho criou profundas clivagens sociais.

 Os assalariados conscientes da sua força colectiva e da exploração a que estavam sujeitos organizaram-se para defender os seus interesses.

 Nasceu assim o sindicalismo. As lutas sindicais conseguiram através de um longo processo reivindicativo melhorar as condições de trabalho do operariado e assegurar uma mais equitativa distribuição da riqueza. A própria indústria reconheceu que a sua sobrevivência- a sobrevivência do sistema- dependia do aumento do consumo e que este tinha de ser alargado a uma larga faixa populacional. Estas duas vertente associadas à apropriação da maior parte da riqueza mundial pelo ocidente permitiram criar uma sociedade de riqueza e bem-estar, com reflexos no nível de vida dos povos europeus.

 

No século XXI a evolução tecnológica deu origem a uma sociedade pós-industrial, com o crescimento de um vasto sector de serviços e uma evolução social baseada numa forte classe média. Qualquer leigo entende que nesta fase evolutiva do capitalismo já não existe a clássica divisão entre capitalistas e proletários do inicio do século passado.

 A sociedade mudou, globalizou-se, mas o sindicalismo e os sindicalistas actuais ficaram cristalizados no tempo. Os grandes e lúcidos dirigentes sindicais do passado, têm hoje no seu lugar cópias fiéis da sua forma de agir em contexto completamente diverso. Ao invés dos seus antecessores não são genuínos, limitam-se a ser genéricos ultrapassados.

 A sua percepção da nova realidade é igual a zero. A sua criatividade imaginativa perante os novos desafios está abaixo de cão. Continuam a adorar os seus fantasmas, os amanhãs que cantam, a internacional, o inimigo capitalista de chapéu de coco e fraque. Lutam contra moinhos de vento. Mesmo numa situação de crise sistémica, numa situação de desmoronamento da casa onde vivemos que exige inteligência e unidade do todo social , o seu discurso não muda uma vírgula. O inimigo número um do povo é a estupidez.

 

MG