Muros
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Muros: protegem, enclausuram, libertam. A grande muralha da China testemunha o desejo de proteger uma nação. Apesar da sua robustez e grandiosidade nem sempre conseguiu ser inexpugnável. A grande muralha de Tróia sucumbiu à manha de Ulisses . O muro de Berlim de má memória esboroou-se com a derrocada do império soviético. Se ainda existisse, faria hoje 49 anos. Separou as gentes de Berlim durante décadas. Evitou convívios, causou sofrimentos, matou pessoas inocentes. Protegeu o regime da ameaça do mundo capitalista.
Ao contrário da grande muralha símbolo heróico de uma civilização, o muro de Berlim é a caricatura grotesca de um regime que se alicerça no autoritarismo sem limites. O muro de Berlim não passa hoje de uma lembrança cada vez mais esbatida na memória dos povos. Provavelmente não será no futuro mais do que uma referência cruzada nos livros de história. Mas é bom lembrá-lo como exemplo de que não se pode aprisionar a liberdade. E numa Europa sem fronteiras é preciso estar alerta porque outros muros podem sempre levantar-se. Basta surgir a oportunidade.
MG,