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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

 

Há terras que nos encantam particularmente vamos lá saber porquê. Acontece-me com Vila Nova de Cerveira. É uma típica vila minhota, discreta, sossegada, simpática. Não tem o bulício cosmopolita das grandes cidades, nem os seus grandes centros comerciais. Tem a singeleza de  uma pequena povoação, de um pequeno país quase intacta na sua ancestral ruralidade. É um sítio aonde não se vai, mas aonde se está.

 

Cerveira situa-se nas margens do rio Minho incrustada  entre a serra e estreita planície fluvial. Vive paredes meias com a Galiza com quem há séculos mantêmum intercambio que nenhuma fronteira consegue separar. Ao passar pelos seus pomares, ao observar os seus campos de milho, ao assistir às suas festas e romarias vem-me sempre à memória os romances de Júlio Dinis com as suas desfolhadas "milho-rei, milho-rei" os seus amores contrariados," as Pupilas do Senhor Reitor". Sinto estas vivências e estas personagens ainda a  calcorrear a ruas calmas, a conviver na praça  central, agora sentadas nos bancos ou nas modernas esplanadas a saborear a sua rica gastronomia. E de quando em vez enche-se de desvairados forasteiros a assistir  às suas bienais de arte ou a aadmirar o seu património, como poe exemplo o castelo  e o forte.

 

Estar em Cerveira é como mergulhar um pouco num paraíso perdido. Ajuda a a relaxar o corpo e aquietar a mente. Ajuda a esquecer transitoriamente as agruras de um quotidiano pejado de injustiças. Até ajuda a esquecer a política que nos desgoverna.

Mg