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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

 

Assisti ontem na RTP1 a um interessante debate sobre a situação na União Europeia. Das opiniões manifestadas e sem menos consideração por nenhuma das outras, retenho uma frase de Mário Soares, com a qual concordo plenamente: "Portugal não é um país pequeno". Sempre o achei e já o tenho escrito muitas vezes

Portugal é a única parcela territorial da Ibéria que conseguiu resistir à hegemonia castelhana. Consegui-o em primeiro lugar porque teve vontade, em  segundo porque teve determinação, em terceiro ,porque resistiu, em quarto, vamos admiti-lo, porque tavez tenha tido a ajuda divina. Cresceu tanto  ou mais do que a imaginação permite. Cresceu por todos os continentes, enraizou-se em todas as latitudes.

Portugal não é um país pequeno, nunca foi um pais pequeno , nunca será um pais pequeno. O tamanho de um país não se mede só pelas circunstâncias de conjunturas transitórias, de flutuações económicas , de mercados desregulados, de lideranças fracas. O  tamanho de um país mede-se pelo tamanho da sua alma, pela identidade da sua cultura, pela sua coesão enquanto nação. As conjunturas passam, os modismos ideológicos envelhecem, a anarquia financeira esfuma-se, mas as nações autenticas permanecem.

Na Europa Portugal foi pioneiro na universalidade, na Europa Portugal é ponte entre povos e culturas, na Europa Portugal contribuirá para a sua viabilidade e coesão. Este país compreende , mais do que qualquer outro, o valor do humanismo que está na génese da sociedade europeia e está em condições  de contribuir para o seu aperfeiçoamento. A Europa já teve o seu calvário, desceu às profundezas do inferno, está agora no purgatório, mas poderá chegar um dia ao paraíso. Mas precisa de contar com a sabedoria, a experiência e sobretudo a crença dessa grande nação universal que se chama Portugal. 

MG