Combatentes
Imagem do blog, Luís
Graça, Combatentes da Guiné.
Nas cerimónias do dia 10 de Junho vimos pela primeira vez desfilar veteranos da guerra colonial. Foi uma homenagem justa àqueles que deram o seu melhor ao serviço da nação. E não interessa para o caso a discussão política sobre a justeza dessa ou de outras guerras. Só mais tarde me apercebi da teimosia do regime, em não negociar e não querer encontrar uma solução política para a situação.
Não estive presente na guerra nas colónias mas servi, com muita honra, o exército do meu país entre os anos de 1967 e 1970, onde aprendi valores . Como outros jovens que cumpriram o serviço militar nessa época, pouco sabia de política e não tinha condições para questionar a opção do Estado português. Limitámo-nos, como cidadãos, a defender aquilo que nos diziam ser o interesse nacional. E fizemos-lo com o entusiasmo e a generosidade própria da juventude. Bem ou mal servimos o país. É justo que, independentemente das ideologias, se reconheça o valor desses cidadãos. O seu amor ao país fê-los dar mais do que aquilo que receberam.
Hoje os jovens são diferentes. Exigem tudo do Estado mas pouco ou nada estão dispostos a dar. Passeiam-se pelas escolas, como se fossem os donos daqueles espaços de convívio e "lazer"... Geração "rasca"? Não, geração hedonista. Que assiste impávida, de cadeirão, ao fim dos gloriosos tempos do capitalismo que alimentou o estado social.
MG Dos Combatentes da Guerra do Ultramar