Sejam realistas, exijam o impossível
"Sejam realistas, exijam o impossível!"
"A imaginação ao poder"
"É proibido proibir"
"As paredes têm ouvidos, seus ouvidos têm paredes"
"Se queres ser feliz, prende o teu proprietário"
"O patrão precisa de ti, tu não precisas dele"
A fim de protestar contra a invasão da Universidade de Sorbonne pela polícia, estudantes e professores organizaram uma manifestação no dia 6 de Maio de 1968. Esta marcha foi violentamente reprimida pela polícia quando se dirigia para a Universidade. Em resposta ao ataque policial os manifestantes ergueram barricadas e preparam-se para lutar contra a polícia. Tinha começado uma revolta que depois ficou conhecida como Maio de 68
Este movimento de contestação ao poder instituído e aos valores dominantes, prolongou-se durante o mês de Maio e com a adesão dos operários e chegou a paralisar a França. Terminou sem alterar o sistema, mas conseguiu mudar ideias e renovar mentalidades. Os revoltosos de Maio tiveram a consciência que o poder estava ao seu alcance, mas não tiveram capacidade para o tomar. Foi um corpo ao qual faltou uma cabeça. Foi uma avalanche revolucionária, sem plano, sem estratégia e sem objectivos objectiváveis .Parou por cansaço, por descrença e quando os comunistas lhe tiraram o tapete e a uma deriva radical e inconsequente, preferiram a estabilidade do status quo, a realpolitic. Contentaram-se com algumas conquistas de cariz social e um aumento de salários.
O protesto de Maio perdeu-se no seu próprio labirinto, mas teve a virtualidade de lançar sementes que tiveram um impacto positivo na evolução da humanidade.
Hoje quando vejo, embora por razões diferente e com motivações meramente económicas, os distúrbios nas ruas de Atenas, sinto, com tristeza, que o homem não aprende com as lições do passado e não compreende que esses motins sem sentido, cairão sobre a sua própria cabeça.
MG