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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Se não visse não aceditava. Juro que vi ontem o grande Historiador, e pelos vistos também educador dos eleitores socialistas, sr. Rosa, a vociferar contra o Partido Socialista .Num registo que tinha tanto de demagógoco quanto de arrivista, desbobinou toda a sua  catalinária, num histerismo que já não via há muito tempo . Se não fosse tão bem nutrido diria que ainda precisa de comer muita papa...mas , sinceramente, foi um bom momento de diversão.

 

Mateus Gonçalves PMH (pequeno e médio historiador)

21 Set, 2009

DIAS DE CONTRABANDO

 

Felisberto foi agricultor e contrabandista do Guadiana.  O seu dia começava cedo. Nunca deixava que o sol lhe levassse a palma. Quando este, estremonhado,  raiava no horizonte já Felisberto estava, acompanhado da sua fiel burra Narcisa, a emprenhar a terra  que havia de parir o pão com que alimentava a familia.

Mas a terra, umas vezes mãe, outras madrasta, nem sempre lhe dava rendimento à medida da sua ambição. Felisberto não se resignava à doce e propagada  mediocridade do seu país. À noite quando todos se recolhiam às palhas do colchão, para curar o corpo das mazelas de mais um dia de labuta e retemperar as forças para outro e mais outro sempre igual, Felisberto metamorfoseava-se de contrabandista e com Venício, o seu companheiro de contrabandear e outros pecados, punha o saco às costa e desafiando fronteiras partia para a sua aventura.

Cada nova viagem era uma aventura sempre diferente, sempre desafiadora. Enfrentava os perigos escondidos na noite: o frio, a chuva , o vento. Enfrentava o rio , umas vezes calmo e colaborante, outras turbulento. Enfrentava os adversários directos, os guardiões da ordem, da lei e da grei. Enfrentava o perigo de perder a sua carga e os proventos que ela representava.

Numa dessas viagens caminhou vários dias em território espanhol, dormindo de dia e caminhando protegido pela escuridão. Chegou ao destino, entregou a mercadoria e com o dinheiro recebido,  comprou nova mercadoria para vender no seu país.

Iniciou o regresso, de novo dormindo com o dia e caminhando na companhia cúmplice da noite. Quando chegou junto da fronteira sentia-se bem. A missão estava quase cumprida e já pressentia o cheiro da sua terra. Faltava-lhe vencer só mais uma barreira: atravessar o rio frio e caudaloso. Na companhia do seu amigo Venício, começou a fazê-lo como sempre o fazia: nadando sem roupa e puxando um pesado oleado, onde carregava todos os seus haveres. O silêncio era  entrecortado pelo chap, chap do seu corpo deslizando na água.

Mas dos rumores aconchegantes do rio ecoou um grito assustador, quase inumano: pára ou disparo... Felisberto ouviu e olhou! E viu em águas espanholas um vulto e a sua voz, gritando berrando...-deixa a carga. O vulto cada vez mais próximo, cada vez mais assustador remava numa lancha que voava sobre eles como uma ave predadora.

-Conho, disse para o Venício, vamos largar os oleados e acelerou as braçadas que o levaram até à margem em segurança. A voz e o vulto esfumaram-se na escuridão.

 Um grito contido saiu-lhe da voz embargada:

-Canalha

O canalha , era o Palma o guada-fiscal, que identificou pela voz e  que era quase seu vizinho. Nesse dia o canalha não estava sequer no seu posto e no seu serviço. Navegava em águas proibidas, tão ilegal quanto Felisberto. Mas era um homem da lei e um homem da lei não se contesta.

Felisberto percorreuu os cinco quilómetros que separavam a fronteira da sua casa, tendo apenas como vestuário, um chapéu, onde sempre transportava o dinheiro  sobrante dos seus negócios.

Elvira, a sua mulher, agastada e triste,  dizia: -nem a tua roupa salvaste.

Felisberto, limitou-se a responder -  já estou, outra vez, vestido.

 

Esta estória é real e Felisberto é o meu pai.

Mateus Gonçalves

 

20 Set, 2009

Um Achado

FF acertou na mouche. E isto é mesmo SIMPLEX.Não me lembro de no tempo da outra senhora MFL ter denunciado qualquer clima de medo. Nem sei mesmo onde estava a tal senhora no 25 de Abril! Eu que estive, como anónimo, no Largo do Carmo, não tenho ideia de a ter visto por lá. Nem me consta que estivesse estado na Fonte Luminosa no verão quente de 75.E o senhor Paulo Rangel onde estava, quando era preciso defender a liberdade nas ruas? se calhar a comer papa...
Antes não achavam, agora acham,depois irão achar? Para quem mostra tantas dificuldades nas conjugações verbais, tudo é possivel

19 Set, 2009

O que é o Bloco

Acabei de ler o excelente texto João de Almeida Santos no SIMplex. É uma análise lúcida sobre uma espécie de albergue espanhol que resolveu chamar-se Bloco de Esquerda, onde militam pequenos partidos extremistas, que nunca tiveram qualquer expressão eleitoral significativa.
Este Bloco conseguiu ultrapassar essa limitação corporizando-se numa figura de retórica fácil ,num discurso demagógico e num contexto de grave crise económica, que cavalgou magistralmente.(e não faltam , na história recente exemplos similares, que infelizmente acabaram em tragédias humanitárias).
Como tenho escrito no meu blog Nação Valente, considero o Bloco um embuste que poderia ser um potencial perigo para a democracia se a conjuntura histórica o permitisse.
Sinceramente, não o vejo a servir de muleta a qualquer governo, por que isso significaria a sua auto-destruição.De facto este Bloco alimenta-se de protestos, vive de casos, (mais ou menos desenquadrados do seu contexto) assume-se sem pecado original. Diaboliza os ricos, abomina o capitalismo(?) mas goza da sua luxúria e senta-se à mesa do seu orçamento. Procura preencher os desencantos de certa classe média a quem faz promessas vãs. Abre os braços ao funcionalimo que perdeu algumas pequenas regalias e quer vingança.Aproveita o divórcio já consumado ( mas inútil e desnecessário e creio que evitável) entre Ministério da Educação e os professores para se apoderar deste vasto capital eleitoral.
Quando se esfumar este caldo de cultura, este Bloco esfumar-se-à naturalmente, como epifenómeno ocasional. Sem programa político coerente, sem rumo ideológico claro(apenas pragmatismo quase vampiresco) sem estragégia consistente de poder, sem a noção do interesse geral sobre os interessses particulares, o que é este Bloco?
Tudo e nada. A grande âncora dos desiludidos, a espada dos revoltados, a vingança do ressabiados, a esperança dos ingénuos, mas também a grande desilusão de todos aqueles que continuam a acreditar nas miragens dos mágicos de ocasião.
Oxalá me engane, mas este Bloco pode com o seu crescimento artificial, mas concreto e com a sua irresponsabilidade, contribuir para o agravamento dos interesses nacionais, que o mesmo é dizer do bem estar de todos nós.
José Mateus, professor e socialista. Nação Valente

Publicado no Blog SIMplex, como comentário

14 Set, 2009

O rasgo de rasgar

Com ou sem inspiração salazarista, MFL especializou-se em asfixiar. E como por aqui já está tudo asfixiado,
é altura decomeçar a asfixiar os espanhóis. Por este andar ainda passa os Pirineus. É um caso de estudo, esta senhora.

 

img_1042Será que irá rasgar?

A Rã e Touro

Numa tarde, andava um grande Touro passeando ao longo da água, e vendo-o a Rã tão grande, tocada de inveja, começou de comer, e inchar-se com vento, e perguntava às outras rãs se era já tão grande como parecia? Responderam elas: Não!!! Pensa a Rã segunda vez, e põe mais força por inchar; e aborrecida por faltar muito para se igualar o Touro inchou de novo, mas tão rijamente, que veio a arrebentar com cobiça de ser grande.

 

 

 

 

 

Moral da história: Não cobiçar as coisas alheias

 

Vejaaqui o documentário "Nasceu uma Estrela" com a história dos 10 anos do Bloco

bang

Acho que já percebi, porque é que Manuela Ferreira Leite, queria suspender a democracia por seis meses. Certamente, estaria nos seus planos, estudar o verdadeiro modelo libertário que Jardim implantou na Madeira. E, seguramente, pretendia (ou pretende) transferi-lo para o Continente. só assim se explica as afirmações feitas no reino de Jardim, o único local, onde existem amplas e verdadeiras liberdades.

02 Set, 2009

Perguntas do dia

Porque raio não lança Mário Lino , que ainda hoje lançou novas estradas,  a continuação do  IC 27, parado desde que este governo tomou posse? Será porque o Alentejo profundo é um deserto?

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