Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

03 Dez, 2012

Um dia não

Há dias não. quem não os teve? um tipo acorda bem disposto. até estava a ter um sonho bom, mas que acabou mesmo no momento em que lhe ia acontecer uma daquelas coisas que só acontecem nos sonhos. terriiiim. maldito despertador. liga o Lcd 3D e continua a ver a duas dimensões. aí começa a desconfiar que o mundo está contra si. que raio de sorte se nem sequer fez qualquer mal ao mundo. ainda por cima o Coelho está em todos os canais. e afinal só para dizer que não disse o que disseram que tinha dito. essa falsa percepção nada tem a ver com a sua comunicação, mas com a capacidade dos indígenas em entender. mas podia ter dito o não dito e ter ido à sua vida. mas não. ia e vinha, ia e vinha. de tal maneira que comecei a duvidar da minha sanidade mental. só vejo coelho, coelho e mais coelho. nem sei se vivo num país de nome Portugal ou se numa terra chamada Coelhândia, onde a língua é o coelhês. às vezes viro-me para a esquerda para ver se vejo porto Seguro. Nein. vejo uma Patetice inSípida e mole( quando há eleições partidárias ? ) vejo uma Petulância Cretina a querer fazer querer que vai governar contra tudo e contra todos. (porca míséria) vejo uma Barafunda Errática, tipo hidra de duas cabeças a gesticular. Mas, chega de siglas misteriosas ou ainda acabo por tirar protagonismo as romances de José Rodrigues dos Santos. 

 

Não há mal que sempre dure, pensei. afinal hoje é odia em que vou entregar-me nas mãos de fada da estilista capilar. desligo o equipamento e mando-me resoluto para o salão de beleza. quando entro apanho a primeira desilusão. nem ali me livro dos lcds. isto já parece o bigbrother. mas do mal o menos, fico mais  descansado, no ecrã não há coelhos. há coisas estranhas debaixo da sigla tv record, mas nem um coelho para amostra. as coisas estavam a melhorar, mas não há bem que sempre dure. quem me veio atender não foi a menina corpinho de yorgute magro, que estava a atender uma cidadã de origem brasileira (né?) . quem me veio tratar dos pelos capilares foi a patroa da menina que parece torneada à mão. não entraria seguramente no concurso peso pesado, mas para chegar aos calcanhares da minha (já nem sei se o é?) estilista anda tem de comer muito yogurte sem gordura. e nem está em causa a sua destreza profissional . o cabelo foi  aparado sem espinhas, agora que não é a mesma coisa não é.

 

É definitivo. este não iria ser o meu dia. saí sem aquele contentamento descontente que faz o a respiração acelerar. para esquecer pus-me a  caminhar sem rumo. foi assim que por entre gentes indiferentes, comecei a limpar a mente. esqueci coelhos, meninas ingratas e outros animais e dei asas à imaginação. a cada passo, a  cada olhar transitório fui construindo o que aqui está relatado. e não garanto que isto tenha qualquer fundo de verdade. o que garanto é que a imaginação não tem limites quando a deixamos à solta. o que garanto é que não há coelhos a não ser à caçador. qual dias não, qual carapuça. na imaginação a menina corpinho yogurte dança só para mim. ou para si. a imaginação não tem ciúmes. 

MG

 

 

 

  

 

 

2 comentários

Comentar post