Bandeira invertida
A 1 de Março de 1476 o rei Afonso V combatia em Toro tropas castelhanas com o intuito de conquistar a coroa de Espanha que havia ficado vaga. Sobressai nessa batalha a heroicidade do porta bandeira Duarte de Almeida que cercado de inimigos, lutou estoicamente, acabando a segurar a bandeira entre os dentes depois de ficar sem mãos. Ficou conhecido como o Decepado e como exemplo da valentia portuguesa.
Antes deste acontecimento, muitos outros portugueses derramaram o seu sangue e deram a sua vida pela bandeira de Portugal. Ainda hoje a vemos, em determinadas circunstâncias, a flutuar em muitas janelas como símbolo do orgulho nacional. A bandeira une-nos como nação e catapulta-nos para patamares de fervor patriótico. É o símbolo mais venerado e respeitado da portugalidade.
Durante a guerra, hastear uma bandeira ao contrário significava a presença do inimigo e consequentemente a perda de soberania. Vimos hoje na Câmara de Lisboa, durante as comemorações restritas do aniversário da proclamação da República, o Presidente Cavaco hastear a nossa bandeira ao contrário. Lapso ou acção deliberada de protesto oculto, o certo é que Deus escreveu direito por linhas tortas. Como aconteceu noutras épocas, este país está refém de dois inimigos. Um externo (o mandante) e um interno (o executante) apostados em destruir uma nação com mais de oito séculos de história. A bandeira do município assumiu a verdadeira situação do país. E assim deve continuar até à libertação de Portugal.
MG