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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

28 Set, 2012

O grito

Grito, de Munch

 

O grito saiu amedrontado da escuridão

Mal parida,

Abriu os olhos cegos de indiferença

Viu a luz e gostou,

Ocupou praças abandonadas

Calcorreou avenidas deprimidas, sem crença

Deu cor a fachadas tristes de melancolia

Sorriu e gostou!

 

O grito soltou amarras no peito oprimido

Fez-se verbo, fez-se sangue ,fez-se gente

Abriu bocas cerradas por cândidos demónios

Exorcizou medos, enfrentou adamastores de ignorância

E gritou contra metas de ganância.

Gitou o grito da raiva amordaçada

Gritou o grito da força das consciências

Do tudo e do nada.

 

O grito está livre,

O grito voou, voou no querer ser, ser

Dançou nas nuvens com anjos de algodão

Beijou o céu embriagado de libertação

Até onde irá?

O céu é o limite?

O limite é a justiça, o limite é razão

O limite é a revolução!

Ou não?

 

MG

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