Não passarão-o povo unido jamais será vencido
Chegaram ao poder montados numa mentira. Tiveram todas as condições políticas para governar o país. Não as aproveitaram. Governaram de equivoco em equivoco. Colocaram as estatísticas acima das pessoas. Apresentaram como terapêutica para um país em dificuldades o empobrecimento. Empobreceram os mais pobres. Falharam. Apesar dos sacrifícios aceites com estoicismo, aumentaram a dívida, não atingiram as metas do défice, duplicaram o desemprego, desestruturaram a economia. Falharam em toda a linha.
Reconheceram o erro? Não! Arrogantemente persistiram na aplicação agravada da mesma receita. Incompetentemente, depois de avisados, até pela sua gente, não recuaram. O estado do doente é moribundo. Com o reforço da mesma terapêutica só podem matá-lo, dizem vozes sensatas. Estão surdos e quase mudos. Não pode ser só cegueira ideológica é um caso de psiquiatria. É uma manifestação de ininputabilidade.
Prevejo de novo um verão quente. Literalmente. Tudo tem um limite. A apatia deu, finalmente, lugar à indignação. Espontaneamente. À justa indignação. Somos uma nação quase milenar que só existiu por que foi valente. Exultemos. O que vimos hoje faz renascer de novo a esperança roubada. O povo unido jamais será vencido. Desde os tempos de sonho de Abril que não se ouvia este slogan. O povo está na rua. Unido. Sem divisões partidárias, sem manipulações sindicais. Portugal vence quando ousa lutar. Não passarão! Custe o que custar!
MG