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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

kayomachado.blogspot.com

 

Robin dos Bosques fez as delícias da minha infância, quando na parede caiada do salão de bailes de uma aldeia pobre, roubava aos ricos para dar aos pobres. Que pena, pensava, não termos um Robin dos Bosques  de carne e osso. Mas como, se éramos tão pobres que nem bosques possuíamos e aquele Robin de sombra  e luz logo se esvaia quando se desligava o projector.

 

Passaram muitos anos. Mesmo sem Robin os pobres foram ficando menos pobres. A fome endémica e resignada foi dando lugar a uma progressiva prosperidade geral. As diferenças sociais foram-se esbatendo. O país pobre acreditou que era possível ter uma vida digna sem roubar aos ricos. Bastava distribuir a riqueza um pouco mais equitativamente. Ainda com injustiça mas mais equitativamente.

 

 Eis que do fundo da ignorância do povo ingénuo, surge um novo cavaleiro. Traz a aureola de príncipe imaculado, mas depressa perde a virgindade romântica que apaixonou papalvos. Continua a ser um príncipe, mas um príncipe de ladrões. Haja esperança pensaram alguns. Iremos ter, finalmente, um Robin de carne e osso ao serviço dos descamisados. Triste ilusão! Temos afinal é um Robin que veio para empobrecer os pobres, custe o que custar, para dar ainda mais aos ricos.

 

Este Robin é mais um cavaleiro das trevas. Cavalga acompanhado de mais três cavaleiros infernais e de um pagem com curso por correspondência, ao lado de um sacador, com nome de rei mago e ar de fuinha. É a reincarnação chapada dos cavaleiros do apocalipse. A fome, o esbulho, a miséria. O mundo pode não acabar em 2012, mas a continuidade de Portugal está em grave risco.

 

Patriotas, levantai de novo o esplendor de Portugal! 

 

 

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