Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

01 Mar, 2012

Balada da poesia

Em homenagem a Augusto Gil e à sua poesia que me acompanha desde a infância.

 

Bate bate, simplesmente,

no mais íntimo de mim,

uma força que se sente

com  um bater inocente;

mas porque é que bate assim?

 

É talvez a melodia

que me chama com carinho

e que com grande alegria,

me desperta a fantasia

no chilreio de um passarinho.

 

Quem bate assim, certamente,

traz a esperança no olhar

e uma vontade premente

e de uma forma diferente

de pôr o mundo a sonhar.

 

Fui ver. Era a poesia…

que atrevida e gentil,

com bucolismo sorria,

com eterna empatia

nos versos do mestre Gil.

 

Quando começava o dia

ia comigo pra escola:

os pés na geada  fria,

mantinha a minha alegria

dentro da minha sacola.

                                               

Bate leve, levemente,

desperta a minha emoção

esqueço a chuva, esqueço a gente

e a poesia somente

aquece o meu coração.

 

E quando chega a tristeza

bate leve, muito leve.

Abro a porta na certeza

de  que ela fica presa

pela balada da neve

 

E sempre me acompanhou

no meu já longo caminho,

onde sempre me amparou

e nem sequer me deixou

ficar um dia sozinho.

 

Uma alegria infinita,

uma profunda emoção,

Entra em mim, em mim habita.

Há frio na natureza,

mas não no meu coração.

1 comentário

Comentar post