Cinema
Sempre vi o cinema como uma arte de entretenimento com capacidade para fazer pensar e sentir. Como noutras formas expressão artística a sua mensagem para ser entendida tem de se adequar à situação dos receptores. Cumpre o seu papel quando assume a dimensão de nos emocionar e/ou fazer rir .O cinema como exercício mais ou menos exotérico de intelectuais, pode ter a sua validade, mas é visto pelo espectador-tipo como uma tortura mental.
O cinema português dos anos trinta e quarenta impôs-se pela sua simplicidade na abordagem da situações, pela linguagem do cidadão comum, pela especificidade da nossa cultura popular, no fundo pela identificação com o espectador. Cumpriu a sua função libertadora de um quotidiano amargo.Por isso, teve sucesso nessa época e continua a ter hoje. Pôde ainda contar com um naipe de actores de grande craveira e de realizadores atentos ao pulsar natural da vida. Entre esses profissionais destacou-se Francisco Ribeiro-Ribeirinho faz hoje cem anos que nasceu. Aqui fica a recordação singela de um cinéfilo do cinema evasão, patente neste pequeno vídeo: