CE-OS LIQUIDADORES
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Portugal gasta acima do que produz, é um facto. Portugal destruiu desde a década de oitenta parte significativa da estrutura produtiva, é uma realidade. Portugal tem, em consequência, aumentado significativamente a sua dívida pública e privada, é uma constatação. A situação económica de Portugal assenta mais em factores estruturais e menos em conjunturas transitórias. É certo que à insuficiente de produção e à reduzida produtividade se veio juntar a crise desencadeada pelo capitalismo especulativo, mas esta teria sido mais suave não fora o fraco crescimento económico do país, nas últimas décadas.
A Europa solidária das nações está moribunda e traiu o projecto dos pais fundadores. É hoje uma caricatura de um espaço unido e solidário. É uma Europa de interesses xenófabos, incapaz de tomar decisões que a defendam como um bloco e ponham no seu lugar os famintos usurários. Pior, entrou ela própria num processo de autofagia, começando a devorar os seus menbros mais débeis, sem ter o descernimento de que assim está a cavar a sua própria sepultura. Só assim se percebem os juros brutais que vão cobrar a Portugal, pelo empréstimo mascarado de ajuda. Sim, porque desta maneira não se pretende promover qualquer recuperação, mas antes proceder a uma descarada liquidação.
MG