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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

José António Saraiva é um arquitecto que nunca arquitectou nada. Nem uma casota para cão. Ainda bem para o cão. Não sei como, nem me interessa, armou-se em jornalista e assim ganha vida. Depois de sair do Expresso, fundou o Sol. Um fiasco. Falido vai sobrevivendo com dinheiro angolano, e fazendo o seu papel de tablóide semanal. Enfim,a vida custa a todos e cada qual ganha-a como pode. Não se conhece ao arquitecto enquanto escritor qualquer obra relevante. No entanto, vai agora (...)
Quando o dia se deita e a noite explode em escuridão, as sombras de Grey invadem os virtuosos lares de gente comum, e o sexo rola por detrás de janelas fechadas à curiosidade dos bigbrodistas. De norte a sul do país do sol, milhões de homens querem ser "greys", fazendo ranger as molas dos colchões, mais ou menos ortopédicos,numa sinfonia de gemidos. As mulheres querem aproveitar a vaga de fundo, a maré viva,  para viver acima das suas possibilidades, de país pobre. E sonham (...)
Aquele país imaginário ou imaginado estava uma pasmaceira. Os seus habitantes sofriam de uma estranha doença. Vegetavam como zombies numa espécie de sono encantatório. Havia até quem admitisse que estavam sob o domínio maléfico de uma bruxa má. Tentaram-se vários esconjuros. Aplicou-se a receita tecnoforma sem resultado. Colocara--se num labirinto. A pasmaceira persistia.             Até que alguém,não identificado, presentou uma solução radical. Tratava-se de (...)
Naquela manhã fria de 1971, o meu FIAT coupé, teve um encontro imediato de terceiro grau, com um velho volkswagen carocha que ia no sítio errado à hora errada. Tinha saído pouco antes do apartamento J.Pimenta (pois pois J. Pimenta) com a Leonilde que comigo partilhava a habitação em Paço De Arcos. Ao entrar, intempestivamente, na marginal, não respeitei a prioridade e pronto, bate chapas e tinta robbialac. A culpa, em parte foi da Leonilde, uma colega/namorada problemática, que (...)
imagem net     " O primeiro da estirpe amarrado a uma árvore e o último comido pelas formigas". Eis a síntese da saga dos Buendia. No palco de Macondo que criaram e onde se desenvolveu a sua "estória". Ali se cruzaram as realidades de uma Colômbia dilacerada por infindáveis conflitos. Ali se fez e se desfez um progresso de redenção e destruição. Ali se inventaram sonhos, se realizaram magias e se cumpriu o "evangelho" de destruição de Melquíades.   Das cinzas de Macondo, ou (...)
    Deixei de viver na capital há mais de trinta anos. Contudo, de tempos a tempos desço ao povoado, como costumo dizer, para tomar um banho de cosmopolitismo e matar velhas saudades. Na minha última visita deambulava pela praça dos Restauradores quando um desconhecido me abordou com um sotaque que me pareceu familiar: -Tu não és o Carlos Antunes? -É como me tratam. Com quem estou a falar? -Eu bem me parecia. Não te vejo desde os anos setenta mas reconheci-te de imediato. Estás (...)
Odisseias.ccom     Romeu e Julieta-happy end    IV   No episódio anterior Romeu com o objectivo de se preparar para conquistar a sua amada, resolveu começar a fazer a sua iniciação sexual com uma boneca insuflável. A experiência não correu bem...    O inspector Marco Shakespeare  estava a dormitar no seu banho diário com sais relaxantes , prática que herdara da costela inglesa da mãe,quando  o telefone tocou -Estou… -Desculpe inspector, fala do piquete (...)
07 Ago, 2013

Escrever no vento

    Palavras, palavras, palavras. De muitas palavras se faz a blogosfera. Palavras de elites da escrita. Palavras de milhares de cidadãos anónimos. O ciberespaço liberalizou a palavra, "igualitarizou" as ideias. Aqui todos podem exprimir-se, todos podem colocar opiniões, todos podem publicar textos mais ou menos literários. É o comunismo da escrita. O acesso da plebe à expressão do pensamento em letra de forma.A escrita dos blogues e nos sites não passa porem de uma imitação (...)
Parêntesis na novela mexicana em que se tornou a política em Portugal. Parêntesis nas banalidades que escrevo e leio sobre isso, com mais ou menos destaque. Parêntesis no discurso do medo, como forma de perpetuar no poder um governo incompetente. Parêntesis nos sound bites do "é tudo igual" ou a "alternativa socialista é a mesma coisa" que contestando o que está o apoia objectivamente. Parêntesis. Período de nojo.    Resta-me escrever sobre coisas que não interessam mesmo (...)
O filme da série B continua.Portas e Passos continuam a brincar aos governos. Entretanto que faz Sua Excelência o senhor Presidente da República Aníbal Cavaco Silva?  Está reunido com economistas para discutir o período pós-troika. Mas o que é período pós-troika?  Uma situação que não existe, nem existirá, possivelmente, tão cedo. Por outras palavras, sua Excelência combate moinhos de vento. Este Presidente assume-se como um D. Quixote de má literatura. O problema é (...)