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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

A muitos custos e penas mantenho a vida light. Mesmo nas leituras, deixei as prosas mais pesadas. Das últimas que li, “Os Enamoramentos” de Javier Marias, deixou-me de rastos. Tive que ler cada página aí umas três vezes. Agora contento-me com textos mais leves, sem cair na banalidade. Por exemplo, li o “Esfaqueador da Régua” da Mosaico de Palavras, para aí umas três vezes, porque nunca pesa, e me liberta das angústias do “cota-diano”. Título enganador, e não é para (...)
03 Out, 2014

Onde pára a Lili?

A Lili servia-me um excelente café. Impreterivelmente às duas, hora da mudança de turno, rumava à pastelaria, para ser sempre servido pela Lili. Podem não acreditar, mas ela dava outro sabor ao café. Para além do sabor natural, Lili, acrescentava-lhe o doce charme da sua presença. Acrescentava-lhe é a forma verbal adequada, pois neste momento já não acrescenta. Nos últimos dias a presença leve e quase transparente da Lili sumiu daquele local. Ainda pensei que seria ausência (...)
Todos sabem. Se não sabem deviam saber. Faltar à formação religiosa é pecado. Vou recordar. Deus fez o mundo. Criou Adão  gostou da sua obra e descansou. Mas por pouco tempo. Sentiu que faltava qualquer coisa. Pelo canto do olho espreitou Adão  e viu-o acabrunhado e triste. Mesmo sabendo tudo não estava a entender. Fez o mundo e entregou-lho de mão beijada. Olhou de novo, e lembrou-se que lhe podia ler o pensamento. Leu e percebeu. Adão tinha acabado de inventar a solidão. (...)
23 Jul, 2014

Lili

A crise da natalidade não se nota na presença de mulheres nos mais diversos serviços. Ainda bem. Em escolas, em hospitais, no comércio, nas compras parecem-me sempre em maioria. Além disso estão cada vez mais bonitas. Mas, modéstia à parte, os homens não lhe ficam atrás. Na pastelaria onde vou tomar café o serviço é prestado exclusivamente por lindas senhoritas. É , foi e será. De quando em vez há renovação de pessoal e lá vêm novas caras larocas   A última (...)
19 Fev, 2012

"Parêntesisinho"

Mais um dia sem chuva. Nem um parentêsisinho pluvioso. Contudo, um dia lindo, cheio de sol de inverno neste país abençoado pela natureza. É para aproveitar. Assim, vou por aí fora, ao Deus dará e à pata calcorrear ruas. Hoje não me fazem pôr o pé num quatro rodas a aspirar fumaça diesel. Fico aqui mesmo, na parvónia e vou aproveitar o que é bom enquanto dura. Depois de sair de casa faço uma paragem no café (único sítio debaixo de telha onde pouso) para tomar a habitual (...)
28 Jun, 2011

Rua da Saudade

  Tanto tempo e tempo nenhum. Ary dos Santos 25 anos depois tem a mesma juventude, a mesma irreverência, a mesma  actualidade. Quem tem  o dom de dançar com as palavras todas as danças, de olhar o mundo com sensibilidade e bom gosto, não nasce, nem morre. É imortal, mesmo quando habita na Rua da Saudade: