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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

O novo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa é, ao contrário do seu antecessor, um presidente popular. Muito afectivo, procura estar junto das populações numa espécie de presidência aberta permanente. Com o seu à vontade natural, desempenha este papel como peixe na água. Ao mesmo tempo revela um protagonismo frenético, pronunciando-se por tudo o que acontece ou não acontece, não sendo capaz de despir a pele de comentador que exerceu durante muitos anos.

Este novo modelo presidencial surpreendeu e foi bem recebido pela novidade.Mas passado o impacto inicial corre o risco de se tornar cansativo e desvalorizar a função presidencial. Como diz o ditado, a virtude está no meio e não nos extremos. A constante intervenção do Presidente em assuntos que não são da sua área, nomeadamente os da área da governação, pode tornar-de contraproducente. O excesso de protagonismo pode redundar em populismo.

O Presidente Marcelo é um homem inteligente, mas ao conseguir um cargo de elevado prestígio parece ter-se deslumbrado. De acordo com a sabedoria popular cada macaco deve estar no seu galho. E o Presidente que tem o seu lugar determinado, não deve continuar neste frenesim. Estar próximo do povo e dos seus problemas não significa que se porte como um bombeiro a acorrer a todos os fogos ao mesmo tempo. E não pode esquecer-se que já não é comentador. A postura de homem de estado exige mais recato. Passado o deslumbramento é tempo de moderação. 

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