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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Francisco Assis está desaparecido em combate.Há muito que não dá sinal de si. Neste momento é um soldado desconhecido. Foi à guerra para dar e levou. Ainda reuniu as suas tropas na batalha dos leitões, mas perdeu, sem apelo nem agravo. A Mealhada foi o seu Waterloo.

Possivelmente, anda por aí, à espera que o general inverno nos derrote no nosso descontentamento. Então surgirá da bruma montado num alazão, brandindo a sua espada de anjo salvador, contra os demónios que durante a noite escura deram à Costa, vindo das profundezas da iniquidade. Gente sem respeito pelo império omnipotente, que zela pela nossa salvação, se cumprirmos todas as penitências.

Na altura certa, Assis libertará os idólatras de falsos deuses, que ousaram cometer o pecado da gula, comendo o que não merecem. Preguiçosos. Até lá continuará na sua catacumba, unindo os fiéis seguidores, em ritos secretos. E os malditos Gracos que ousaram pôr em causa a unidade do arco do poder dos ungidos, entregando-o à plebe, terão o fim que a história reserva aos rebeldes. Enquanto faz a travessia do deserto, bem disfarçado numa caravana, ninguém o consegue ver. De tal modo que cheguei a acreditar que, como as bruxas, não existe. Mas que as há há.

MG