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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Há coisas difíceis de entender. O PCP é assumidamente um partido de esquerda. Bebendo da ideologia  vigente nos países comunistas de leste, que procurou aplicar em Portugal, sem êxito, depressa se redefiniu para aceitar as regras democráticas, mas nunca abandonou a sua rigidez programática.

Ao contrário de outros partidos comunistas, foi sobrevivendo graças a uma ortodoxia da qual não se desviou um milímetro. Manteve unida a sua base de apoio, com a estratégia de estar sempre na oposição, numa atitude de não se comprometer com a real política. Manteve, entre os seus fiéis acesa a chama, de mítico "governo nacional e patriótico" espécie de utopia laboratorial de plena igualdade, que nunca existiu em concreto. Nesta linha funciona como braço político de reivindicações sindicais, assumidas por organizações, que lhe garantem a longa sobrevivência.

Mas esta gesta de reserva moral do interesse dos oprimidos, não resiste a uma análise rigorosa. O que interessa em primeiro lugar ao PCP é a defesa dos seus interesses e não o interesse geral. Comprova-se com o facto de considerar o PS o seu principal adversário. O que em teoria significa que prefere ter no poder a direita que finge combater. O que demonstra que é aliado objectivo do capitalismo.Prega um falso comunismo. Representa o cinismo ideológico.

Este PCP, de Jerónimo de Sousa não evoluiu. É mais retrógrado, mais dogmático, mais fundamentalista do que foi dirigido por Cunhal. Este, ao menos, salvaguardadas as diferenças com os socialistas, nunca optaria pela direita, em defesa dos interesse do povo português.

MG

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