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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

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28 Dez, 2015

A arte do piropo

O piropo é uma arte. Há os que nasceram com o dom de piropiar e os outros. Eu faço parte dos que, perante uma donzela, embatucam e perdem o pio. O piropo feito com elevação e estilo, funciona como um elogio aos atributos de qualquer dama prendada. Penso até que a piropiada, volto a acentuar, no bom sentido, só pode ficar com a sua moral em alta. Mas é preciso deixar claro, que existe uma diferença entre o piropo e a ordinarice a roçar o insulto, e esse, de facto, merece tratamento de crime.

Meus amigos, separemos as águas e não confundamos o que é bem diferente. Embora seja menos comum, também eu, sendo do género masculino, fui uma vez piropiado. Estávamos no princípio dos anos 80. Uma jovem vendedora de flores abordou-me na baixa de Lisboa para me vender um ramo. Educadamente disse que não e fui-me afastando. Foi então que a jovenzinha me lançou o repto "eu ofereço-te" seguido de uma expressão mais ousada. Fiz ouvidos de mercador e continuiei o meu caminho. Ainda tenho, bem presente, a cena na memória.

Caros legisladores, agora piropo é crime, tipificado com sanções? Mas como é possível aplicar esta lei? Vai existir uma policia de costumes? Ou caberá à "vítima" fazer a denúncia? Como? Sobre quem? Se há leis difíceis de entender na intenção e na aplicação ai está o exemplo acabado. Mas de onde veio esta pérola?