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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

06 Out, 2014

Acorda amor

Acorda amor Eu tive um pesadelo agora Sonhei que tinha gente lá fora Batendo no portão, que aflição           Chico Buarque   Acorda amor Ouço Passos subindo a escada No bolso sinto uma mão pesada Remexendo remexendo em nada Que aflição! Acorda amor não sei se é sonho se realidade Ajuda-me a parar esta ansiedade, pois não sei que fazer Que confusão   Acorda amor estou mesmo a ver umas criaturas com umas auras muito escuras, e eu aqui preso no colchão
Crescei e multiplicai-vos" disse Deus, se a reprodução bíblica é exacta, depois de juntar o homem e a mulher. Não estão descritos mais pormenores, pelo que não ficou explícito se o acto sexual era limitado à procriação. Nem sequer nos "Mandamentos" há referência  ao exercício da sexualidade. Assim e com a informação disponível podemos concluir, que a prática do referido acto pertence ao livre arbítrio dos utilizadores e que é necessário praticá-lo. A gravidez é (...)
    toca o sino pra procissão corre o emigra no seu carrão estala o foguete no pino do verão   O rosmaninho rasteja no chão milhares de rodas comem alcatrão baratas tontas em diversão felicidade em poluição   À romaria chega o ladrão com  muitos sorrisos semeia ilusão parte confortado por grande ovação o sino repica pra corrupção   Roubam a seara pra tirar-lhe o pão espremem o suor como a um limão esquece-se a injustiça e a aflição pár (...)
01 Jul, 2014

Poema de verão

 Fosse eu Sol ou fosse vento, nos teus braços me acolhia, e no calor do abraço encantado adormecia.   Se fosse azul de céu, fosse mar ou maresia, nos teus olhos me afogava nos teus olhos renascia.     Se fosse duna e areia, onda  praia e calor, me enroscava no teu corpo contigo fazia amor.   Se luz fosse, escuridão, fosse noite fosse dia, me deitava no teu sono e no teu sonho vivia.   MG    
29 Jun, 2014

S. Pedro popular

São Pedro tem lá no céu um estatuto popular em vinte e nove de junho desce à terra pra reinar   trouxe grande reinação durante uma noite inteira com grande satisfação até saltou a fogueira   e até de madrugada  distribuiu simpatia  ao raiar da alvorada continuava a folia   foi-se embora santo António foi-se embora são João está quase a partir S. Pedro mas fica a exploração
14 Abr, 2014

Em play-back

         Podes não governar bem          Desde que digas amem E representes o papel de um zé ninguém Em play back, em play back, em play back!                       Vais até muito além        Com a bênção do vôvô de Belém Do que exige a troika, e o teu estilo do cacém Em play back, em play back, em play back!              Vai dizendo ao microfone            Que a vida é feita de fome            (...)
07 Abr, 2014

Vou levar-te

Vou-te levar às Docas Pra abanar o capacete E ver os barcos do tejo À noite as águas beijar E que morra aqui Se lá não te levar   Vou-te levar num barco Sem remos e sem radar Perdido no oceano Tendo como tecto as estrelas E como leito o mar Morra se não te levar   Vou levar-te à lua Nas asas do avatar Pra que sonhes com o amor Viciada de luar E morra aqui Se lá não te levar   Vou-te levar ao céu Com um anjo a anunciar A loucura do amor Que tu me quiseste dar
Exercício particularmente estranho. Não brota da realidade. Nasce e vive estranhamente prisioneiro de si próprio. Nasce e vive  na mente que o cria e aprisiona. Não é um exercício sobre as coisas mas sobre o porquê das coisas, da razão de ser das palavras e da sua utilização, na sua vertente mais pura, a poesia. Ás vezes construo umas frases a que atribuo formalmente o rótulo poesia. Mas sei que não sou poeta. Poesia não se aprende. Grosso modo e salvaguardadando toda a (...)
19 Jan, 2014

A tourada continua

 Fez ontem trinta anos que desapareceu fisicamente Ary dos Santos. No entanto continua vivo nos poemas que deixou. A tourada que foi canção de sucesso em 1973 faz uma crítica mordaz ao regime caduco que iria cair no ano seguinte. Aqui recordo na voz de Fernando Tordo. Presto também a minha homenagem a Ary com este remake a que intitulo de "A tourada continua".   Fomos levados ao engano por capote de um cigano com promessas do camano beras   Entram moços jotas e comentadores (...)
21 Nov, 2013

Descalço

 Durante a minha infância a pobreza era assumida como um destino. Mais pobre que os pobres era o Descalço caldeireiro itinerante. Em tempos de apologia da pobreza aqui lhe presto justa homenagem, esteja onde estiver.     Descalço nasceu pra vida descalço continuou sapatos nem de defunto nunca nos seu pés usou. Num saco de linho sujo trazia a sua existência um prato, um copo de vinho, e a sua competência. A sua casa era o mundo dormia em lençóis de nuvens tapado (...)