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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

O que caracteriza a maior parte dos programas desportivos e dos seus comentadores é opinarem sobre questões de lana caprina. Programas que se debrucem sobre o jogo e sobre a sua análise de forma desapaixonada são cada vez mais raros. Neste início de época, os comentadores encartados estão completamente baralhados com as prestações do Sporting. Tendo em conta as más épocas anteriores, tinham decidido, à partida, que este ano seria mais do mesmo, estando até os dois primeiros lugares atribuídos. Postos perante as evidências, e não querendo dar o braço a torcer, fazem uma fuga para a frente. Os sábios da bola transformaram o Sporting numa equipa de testes. A primeira vitória teria acontecido por mero acaso. Era preciso testar a equipa num jogo fora de casa. Passou no teste com distinção. Pouco significativo. Tinha de mostrar competência com um dito grande. Mostrou. O má período desse grande não permitiu tirar conclusões precisas. No campo de um adversário quase grande é que se ia tirar a prova dos nove. Afinal não se tirou porque essa equipa ficou a jogar com dez. Agora aproxima-se novo teste, na casa do primeiro classificado. Se neste novo teste o resultado voltar a ser positivo os comentadores começam a ficar sem alternativas. Se a equipa de testes não passar desta vez respiram de alívio. Salva-se a honra do convento. A sua tese de que todo o percurso foi obra de circunstancialismos está comprovado. Mas se assim não for, a sua fértil imaginação há-de arranjar outra desculpa para que os testes continuem.

 

MG