A salvação da pátria
A pátria está salva. O Orçamento vai passar. Depois de muita discussão, de muita opinião de analista, de muito verbo e de ainda mais adjectivos para alimentar a gula da comunicação social, temos orçamento(s). Isto como nos gelados a cada cor seu paladar: há o das esquerdas e o das direitas para abreviar. No fim, apesar de atento, fico baralhado. Afinal quem está certo?
Quem quer mais despesa e menos receita ou quem quer sempre mais em qualquer item.?
Quem quer baixar os salários na função pública ou quem quer subi-los sem aumentar despesa?
Hoje ouvi duas opiniões distintas e contraditórias: uma de um conceituado economista, defendendo, com base num relatório do Banco de Portugal, que as remunerações na função pública estão acima da média nacional e devem baixar ; outro, conceituado sindicalista, a defender que o Estado não deve poupar nos salários mas antes no desperdício. Não viveremos no mesmo país?
Vemos, ouvimos e lemos e não entendemos. Resta uma consolação: uma nação que nasceu contra -natura e resistiu a tantas vicissitudes só pode ser imortal, independentemente dos homens que a dirigem.
Mateus Gonçalves